Restauração do Museu do Ipiranga obedece cronograma

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Divulgação/José Rosael/Museu Paulista

Em tempos de pandemia de COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus), as obras de restauração do Novo Museu do Ipiranga tiveram que se adaptar para continuar o trabalho e garantir a segurança das equipes envolvidas. A meta é assegurar que a restauração do equipamento cultural continue dentro do cronograma e possa ser concluída em setembro de 2022, para as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil.

Entre os novos protocolos de segurança adotados, estão a reorganização do canteiro de obras e das frentes de trabalho, o afastamento dos colaboradores que pertencem aos grupos de risco e o escalonamento das equipes. Também foram tomadas medidas de higiene para mitigar riscos e as condições de saúde estão sendo monitoradas diariamente no local, com medição da temperatura dos trabalhadores na entrada e saída.

Dessa forma, foi possível dar andamento a importantes etapas da reforma. No Edifício-Monumento, foram iniciadas as ações de restauro das fachadas, com execução de moldes de ornamentos perdidos e montagem dos andaimes na fachada sul do prédio.

Na área a ser ampliada, foi concluído o micro estaqueamento, com contenção do terreno e grampeamento do solo. Internamente, no edifício histórico, também houve avanços significativos com concretagem dos pisos do porão, restauro de esquadrias, remoção de forros e piso de madeira, início das atividades de instalações elétricas e execução das fundações para instalação dos elevadores.

Força-tarefa

A pandemia também acelerou o cronograma do restauro da tela “Independência ou Morte”, de Pedro Américo. A obra mais icônica do Museu do Ipiranga deveria ter sua restauração concluída em abril, mas com o afastamento da restauradora responsável, Yara Petrella, por pertencer ao grupo de risco da enfermidade, o processo foi reestruturado.

A solução foi a criação de uma força-tarefa que conseguiu finalizar a restauração da moldura e os retoques na pintura no dia 21 de março. Dessa maneira, apenas a aplicação do verniz ficará pendente e poderá ser realizada, sem prejuízo para o restauro, em 2022, perto da data prevista para a reabertura do Museu.

Nos próximos dias, o quadro será embalado para que a reforma do Salão Nobre tenha início. As intervenções no espaço estão previstas para começar em junho e devem durar quatro meses.

Fotos: Divulgação/José Rosael/Museu Paulista

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