“Donos de shopping têm tratado cada loja como se fosse a única a não estar pagando o aluguel”, afirma Richard Harary, Ceo da Marco Corp

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Ceo da Marco Corp, o paulista Richard Harary

Aluguéis altos e impossibilidade de renegociar têm prejudicado grandes marcas durante pandemia do coronavírus, muitas foram à falência

Gigantes como Cheesecake Factory, Gap, Zara e Starbucks, por exemplo, têm tido dificuldade para pagar os altos aluguéis em meio à queda das vendas.

Enquanto isso, outras gigantes, entre elas GNC, Neiman Marcus, Pier 1 Imports, Hertz e Cirque du Soleil pediram concordata.

A Victoria’s Secret, por exemplo, fechou 250 lojas somente nos Estados Unidos e no Canadá, assim como a marca espanhola Zara.

“Se estas marcas gigantes estão sofrendo e quebrando, imagina quem não tem os recursos deles, como lojas e restaurantes pequenos de bairro”, destaca o paulista Richard Harary, CEO do Grupo Marco Corp., holding detentora de dezesseis empresas, entre elas a MacroBaby.

Renegociação

Os Estados Unidos vêm enfrentando um boom de pedidos de renegociação de aluguéis de espaços comerciais.

Estas grandes marcas, como a Cheesecake Factory, têm se forçado a dispensar milhares de funcionários por não conseguirem arcar com os elevados custos fixos, o principal deles,o aluguel.

A economia norte-americana, como o resto do planeta, tem enfrentado recessão devido à pandemia do novo coronavírus.

Lojas físicas e restaurantes estão entre os negócios mais impactados.

Falta de flexibilidade

O empresário brasileiro afirma que a falta de flexibilidade dos proprietários de espaços comerciais tem sido a maior barreira enfrentada.

“Muitos culpam o coronavírus e os grandes sites de compra e venda pela internet, é claro que as vendas caíram neste período, mas o motivo da mortes de lojas e restaurante é o alto custo fixo”, explica Harary.

Ele tem visto relatos de empresários norte-americanos e brasileiros que receberam cartas de despejo dos proprietários dos imóveis.

Absurdo

“Isso é um absurdo, os donos de shopping têm tratado cada loja como se fosse a única a não estar pagando o aluguel”, afirma.

Um modelo defendido por Richard Harary é o adotado por grandes sites de venda, como a Amazon.

A cobrança é de acordo com a porcentagem das vendas.

Esta forma permitiria manter os espaços em funcionamento e evitar um colapso semelhante ao de 2008, quando os Estados Unidos enfrentaram uma recessão econômica decorrente da crise imobiliária.

Harary oferece consultoria a quem deseja abrir negócios, ele alerta que o contrato de locação deve ser analisado minuciosamente para evitar problemas futuros, como estes.

“Sempre oriento como deve ser assinado um contrato de locação”, revela Harary.

Dados do setor mostram que quase metade dos aluguéis comerciais no varejo não foram pagos em maio nos Estados Unidos.

A Starbucks, por exemplo, afirmou estar sem condições de manter os pagamentos em dia.

A Gap chegou a entrar na Justiça com pedido de renegociação enquanto os shopping forem proibidos de abrir devido à pandemia.

Em março, a Cheesecake Factory anunciou que não pagaria seus aluguéis em 1° de Abril.

A gigante dispensou 41 mil funcionários, mas se comprometeu a pagar a eles refeições diárias, os benefícios e o seguro até 1º de junho.

Os cargos mais altos da empresa também tiveram redução de salário.

O resultado, diz Harary, são shoppings vazios, “os proprietários de shopping têm uma mentalidade de 1980 e são irredutíveis quanto ao preço das locações, eles preferem ter espaços vazios”, relata.

Estas e outras orientações  Richard Harary dá a quem deseja começar.

Harary oferece consultoria a empresas e palestras que orientam, entre diversos assuntos, como sobreviver em tempos de crise.

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