Carlos Andreoli, 59 anos, diabético, cardíaco, foi internado na quarta e nos deixou na sexta

In Saúde On
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Carlos Eduardo e Maristela Andreoli

Joaquim Alessi

“Eu implorei pra ele ir ao hospital , mas ele teve medo… sentiu medo de não estar tão doente e ficar pior”. Com essas palavras, Maristela Andreoli, 58 anos, da MayGrow Eventos e Produções, de Santo André, relatou nesta segunda-feira (30/3), os momentos desses dias que culminaram com a morte de seu marido, Carlos Eduardo Andreoli, 59 anos, que trabalhava com ela nas produções e eventos. Ele foi internado na quarta (24/3), no Hospital Santa Clara, em São Paulo, e morreu na sexta (27/3).

O resultado do teste para coronavírus só sairá em 5 de abril, mas a família toda (ela, um filho de 29 anos e uma filha de 23) começou a sentir os sintomas em 19 de março (quinta-feira).  Carlos era diabético, há seis anos tinha colocado stent, pois sofrera um problema cardíaco. “Ele foi o último a começar com a febre”, disse Maristela. “Na segunda (23/3) ele acordou com dor no corpo”, prosseguiu. E contou: “Eu implorei para ele ir ao hospital, mas ele teve medo. E não foi. Na quarta (25/3), na hora do almoço, meu filho o levou praticamente arrastado. Assim que fizeram a tomo já tinha 75% do pulmão comprometido. Entubraram e colocaram ele na UTI”.

Estava melhor

Maristela disse ainda que nos outros “ele era o eu estava melhor”, e destacou: “Como nós três estávamos ruins, ele ficou dando remédio para a gente”.

Ela relatou ainda: “Isso que é desesperador. Ele não se sentia tão mal. Os sintomas não condiziam com a gravidade da tomografia. Tanto que achávamos que com inalação ficaria tudo bem”.

Maristela teve alta no domingo (29/3) e está em respouso absoluto em casa, com os filhos também em repouso. “Eu estou tomando retroviral e um monte de remédios, além de fazer exercícios pulmonares.

Pedi uma mensagem a ela, que disse: “Aquilo que não posso mudar eu aceito. Infelizmente esse momento veio para chacoalhar a maneira de vermos nossas vidas. Num momento tão difícil e doloroso, as pessoas que nos querem bem não podem nos tocar fisicamente, mas vieram até nós de varias maneiras. Não pude me despedir e nem dar um sepultamento pra ele. Fica a única verdade, só temos o presente pra vivermos. Beije, abrace, converse muito com quem se ama. Nunca se sabe o que está por vir.”

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