Em um mês e meio do projeto “Costurando Máscaras, Costurando Sorrisos”, a Diocese de Santo André, por meio do Vicariato Episcopal para a Caridade Social, distribuiu mais de 20 mil máscaras gratuitas a pessoas em situação de vulnerabilidade social e famílias carentes do ABCD.
U ato de solidariedade e prevenção contra a pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.
Com o slogan “Com sua ajuda, ninguém vai ficar sem máscaras na Diocese de Santo André! Contra a Covid-19! A favor da vida! Em favor dos mais pobres!”, os materiais de proteção (com tecido tricoline ou algodão, laváveis e reutilizáveis; e com TNT duplo, descartáveis) são confeccionados por costureiras e voluntárias das dez regiões pastorais das sete cidades da região.
A reportagem da Diocese de Santo André conversou na terça-feira (14/07) com costureiras e coordenadoras das ações para saber como são realizados os trabalhos voluntários.
Ato de amor
Em Rio Grande da Serra, a pedagoga Helenice Arruda, 56 anos, destaca que aproximadamente 3,5 mil máscaras foram produzidas por uma equipe composta de 23 pessoas (4 costureiras, 6 no corte, 5 na embalagem e 8 na distribuição).
“Distribuímos primeiramente nos bairros mais distantes desprovidos de água encanada, energia elétrica. Mas foram nesses locais onde fomos bem recebidos, onde compreenderam a importância do uso de máscaras, nesse momento. É gratificante. Um ato de amor ser solidário ao nosso irmão”, comenta Helenice, que participa da Comunidade Santo Expedito da Paróquia São Sebastião.
Salvar vidas
Já a comerciante Maria do Socorro Silva da Cunha, conhecida como Déia, 56 anos, coordena a equipe de 26 costureiras na Região São Bernardo – Anchieta, que conta com 12 paróquias e possui uma grande densidade demográfica, onde ocorreu a distribuição de 8,5 mil máscaras.
“É uma forma de amar, mesmo quem não conhecemos e que provavelmente nunca nos encontraremos. Mas isso não é uma barreira que nos impeça de mostrar o quanto os amamos e nos preocupamos com o bem estar de cada um, através dessas simples máscaras que salvarão vidas”, avalia Déia, paroquiana da Sagrada Família, ao recordar a entrega recente de 2,4 mil máscaras para 800 famílias de uma comunidade e mais 400 materiais de proteção para 400 pessoas em situação de rua.
União de forças
Em Diadema, o projeto conta com 22 costureiras de oito paróquias, que já produziram quase 1,4 mil máscaras. Uma das voluntárias da iniciativa, a dona de casa Josefa Ivanete de Souza Oliveira, 54 anos, considera gratificante o trabalho em conjunto para ajudar o próximo.
“É importante ajudar as pessoas nessa crise que o mundo inteiro atravessa. Confeccionar as máscaras é um motivo para ocupar a mente e sabendo que vai ajudar alguém que precisa, melhor ainda”, frisa a paroquiana da Igreja Matriz – Paróquia Imaculada Conceição.
Por outro lado, a aposentada Maria Félix Gomes de Oliveira, 61 anos, revela que algumas máscaras serão reservadas para a comunidade e a futura reabertura da Paróquia Nossa Senhora das Graças para missas presenciais.
“Para mim é muito importante ajudar, pois observei desde o começo da pandemia que muitas pessoas não teriam condições de comprar máscaras para a proteção. E através desse projeto estamos conseguindo ajudar muitas pessoas”, constata.
Como ajudar?
As pessoas podem contribuir com o projeto por meio de três modalidades: doadores de material, costureiras e agentes de pastoral. Entre em contato com o Centro de Pastoral: 99981-1233 e informe qual categoria, paróquia e cidade deseja colaborar com essa ação de solidariedade!
Doadores do material
*Tecido tricoline ou algodão, elástico e linha. Para 1 mil máscaras são necessários 63 metros de tecido, 500 metros de elástico e 12 carretéis de linha para máquinas retas. Para as máscaras descartáveis, usar TNT.
Costureiras
*Voluntárias para fazer as máscaras.
Agentes de pastoral
*Fazer o levantamento junto às famílias assistidas para saber quem já tem máscara e quantas pessoas precisam na casa (inclusive, se há a necessidade de máscaras infantis).
*Entregar as máscaras para as famílias assistidas pelas pastorais sociais que ainda não tem máscaras.