União homoafetiva: “Papa Francisco fala sobre respeito e dignidade humana”, diz Dom Pedro

In Canto do Joca On
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Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André

Em participação no Programa Igreja em Pauta da Rádio Imaculada Conceição 1490 AM, o bispo da Diocese de Santo André e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Pedro Carlos Cipollini, repercutiu nesta quarta-feira (28/10), a declaração do Papa Francisco no documentário Francesco, exibido no último dia 21 de outubro, em uma sessão especial do Festival de Cinema de Roma.

O sumo pontífice aborda sobre o direito de homossexuais a estarem em uma família e de terem uma proteção legal, por meio de legislações adotadas pelos países.

“Penso que, lendo as declarações do Papa e também estudando um pouco a repercussão, o Papa fala com o coração aberto sobre seus reais sofrimentos, o sofrimento das pessoas envolvidas nesta condição homoafetiva. É uma fala sobre a dignidade, o respeito que devemos ter uns para com os outros”, disse Dom Pedro.

Dignidade humana

Sobre a preocupação com a dignidade humana, o bispo diocesano ainda citou a nova Encíclica “Fratelli Tutti” do Santo Padre em que aborda a amizade social, a acolhida, ver o outro com irmão e não colocá-lo na linha da discriminação como um condenado

“Então, o Papa transmite com muita clareza o seu pensamento e lida com temas complexos. O Papa é o homem do diálogo. Ele sabe ouvir, porque conviveu com as pessoas nas periferias geográficas, existenciais como bispo na Argentina. Seu olhar em primeiro lugar é de reconhecer a dor. Por isso, fala da misericórdia, da compaixão. Nos chama a sermos irmãos, como diz a encíclica”, afirma Dom Pedro.

Posições complementares

Dom Pedro também recordou a posição do Papa Bento XVI, de que a doutrina social da Igreja não é alterada em relação ao sacramento do matrimônio, o mesmo pensamento do Papa Francisco, quando ele foi arcebispo de Buenos Aires, em que defendia a mesma tese do antecessor, com a ressalva de que “as pessoas homoafetivas não podem ser jogadas fora. São seres humanos e sofrem. E na Igreja também tem que ter lugar para as pessoas que sofrem.”

“Então, a posição do Papa Francisco é justa, porque a Igreja não pode ficar insensível a um massacre de homossexuais numa sociedade que lhes nega qualquer direito humano. Então, nós vemos o quanto que no Brasil, por exemplo, se assassinam pessoas homoafetivas. São enfoques complementares. As posições do Papa Bento XVI e do Papa Francisco não se contradizem, mas se complementam na compreensão daquilo que a Igreja crê em relação ao matrimônio, mas antes aquilo que a Igreja crê em relação a dignidade do ser humano e não pode ser condenado como Jesus não condenou aquela adúltera, mas tentou ver a dor dela, o seu sofrimento. Só depois Ele disse uma palavra, mas com muito respeito. A Igreja tem que ter a mesma posição de Jesus, porque a Igreja mais verdadeira é aquela que mais se parece com Jesus”, explica.

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