Joaquim Alessi
Proposta do prefeito Orlando Morando passa por grande maioria na Câmara; elevação passa a vigorar em abril, com acréscimo vale-alimentação, de R$ 440 para R$ 550
Depois de muitos estudos acerca das possibilidades orçamentárias, o prefeito Orlando Morando optou por conceder aumento de 7,76% a 11,19% aos servidores públicos, com acréscimo de 25% de reajuste no vale-alimentação.
O projeto foi aprovado, acima de tudo, com expressiva maioria no Legislativo nesta quarta-feira (29.03) ao projeto: 22 votos a favor e quatro contra.
Sancionada a lei, a majoração nos valores ao funcionalismo municipal passará a ter validade a partir de abril, cumprindo a data-base.
Apesar das inúmeras explicações por parte do prefeito Orlando Morando, do secretário de Finanças, José Luiz Gavinelli – servidor público há décadas – e do titular de Administração e Inovação, Adler Kiko Teixeira, uma parte do funcionalismo aderiu à convocação do sindicato da categoria e decidiu manifestar-se na cidade. Prometem nova passeata nesta quinta (30.03).
Mais para quem ganha menos
O vale-alimentação vai saltar de R$ 440 para R$ 550, um acréscimo de R$ 110, ou seja, 25%.
O maior índice de aumento nos rendimentos será incorporado aos vencimentos dos servidores de São Bernardo que têm as menores remunerações.
Isso significa que funcionários com salário na faixa de R$ 1.890, por exemplo, terão seus rendimentos elevados para R$ 2,1 mil, um aumento de 11,19%.
Em outra faixa, da mesma forma, quem ganha R$ 2.240 passará a receber R$ 2,4 mil, o correspondente a 10,54%.
O quadro geral de reajuste salarial, detalhado no projeto, aponta que 35% de todo o funcionalismo público de São Bernardo conquistarão aumento nos rendimentos que varia de 10,25% a 11,19%.
Outros 62,2% dos servidores terão acréscimo nos vencimentos entre 8,06% e 9,30% – ou seja, 97% do total.
Os demais 2,65% vão registrar elevação de 7,76% a 7,94%.
A majoração nos rendimentos irá englobar um total de 12.510 funcionários do município, entre administração direta e indireta.
Sobre o piso do magistério, com o reajuste apresentado o servidor de São Bernardo começará a receber R$ 4.690, ou 6,2% a mais do piso nacional, hoje em R$ 4.420.
O aporte financeiro com o adicional do índice está projetado, além disso, na ordem de R$ 116,5 milhões, envolvendo R$ 1,32 bilhão de despesa com folha de pagamento.
No limite
“Conforme já havia anunciado, e foi compromisso assumido, apresentamos reajuste no limite daquilo que é possível, com aumento exponencial no vale-alimentação, uma correção de 25%. Ninguém receberá índice inferior a 7,76%, aqui já incluída a inflação, e que chega ao percentual de 11,19% nos rendimentos. Fomos no limite do que é possível. Fizemos vários cálculos, diversas contas para buscar o máximo, um exaustivo esforço para atingir estes números”, sustentou, em resumo, o prefeito Orlando Morando.
Acompanhado do colega Adler Kiko Teixeira, o secretário José Luiz Gavinelli, assinalou que o reajuste proposto foi baseado em estudos.
Registrou, da mesma forma, que o índice equivale à inflação mais ganho real.
“Fizemos uma série de simulações e temos obrigação do equilíbrio fiscal. Óbvio que existe interesse no reajuste, sou funcionário de carreira há 50 anos, mas temos que analisar dentro da capacidade do município, inclusive para continuar investimentos como na saúde, educação e demais áreas da administração”, disse em conclusão Gavinelli.