Meta é dar continuidade a processo de regularização aguardado há quase 40 anos pelos moradores do bairro
A Prefeitura de Santo André entregou nesta terça-feira (13) mais 36 matrículas para moradores do Centreville, dando prosseguimento ao processo de regularização dos imóveis do bairro.
A entrega foi feita em cerimônia no Salão Burle Marx, no prédio da Prefeitura, respeitando, em suma, todos os protocolos de prevenção do coronavírus.
As primeiras 55 matrículas foram entregues pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária em fevereiro deste ano.
Todos os documentos, portanto, são disponibilizados aos moradores sem nenhum custo, graças a parceria da Prefeitura com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo).
O Secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Adriano Cruz, destacou, acima de tudo, a retomada no processo de concessão das escrituras.
“Iniciamos esse processo de regularizar a área e retomamos os trabalhos de campo e o trabalho técnico social. Tudo isso coroou a luta da comunidade por décadas e que agora possuem um endereço e um lar para chamar de seu”, destacou.
A entrega dos documentos, depois disso, marca a solução definitiva para uma demanda que se arrastava há 38 anos e que se tornou o processo de regularização fundiária mais complexo já realizado em Santo André.
Mais matrículas serão entregues aos moradores do Centreville até o final do ano.
Alegria
A aposentada Ivanir Ortis dos Santos, de 65 anos, destacou, por outro lado, a alegria que sentia na cerimônia de entrega das escrituras
“Hoje sinto que a minha vida mudou, nós temos uma escritura, algo que é um direito nosso. Agora não nos sentimos mais desvalorizados como fomos por décadas, com a escritura temos tudo nesta vida. Moro no bairro há 25 anos e acompanhei de perto essa luta que foi árdua e que valeu a pena”, comemorou.
Histórico
O bairro Centreville, para explicar, surgiu após a tentativa de construção de um condomínio de alto padrão.
As obras, em resumo, tiveram início em 1973, porém, após a falência da construtora Nova Urbes, responsável pelo projeto, o terreno foi abandonado.
A área, em conclusão, foi ocupada em 1982, com as casas já prontas, faltando apenas alguns acabamentos. Atualmente o bairro conta com 1.300 famílias.