Padroeira do Brasil abençoa Dom Pedro por uma década de ordenação episcopal

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O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, completou 10 anos de ordenação episcopal nesta segunda-feira (12/10).

A data, portanto, foi celebrada à noite, na Santa Missa em louvor a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Ela foi concelebrada pelos padres Joel Nery (pároco da Catedral), Flávio José dos Santos (vigário da Catedral) e Camilo Gonçalves de Lima (secretário episcopal).

Contou com a presença de fiéis, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade andreense.

Agradecido

Avaliando uma década de serviço à Igreja e à sociedade como bispo, Dom Pedro disse primeiramente que, a partir da fé como cristão está agradecido a Deus por tê-lo escolhido para exercer esse trabalho missionário.

Ele foi ordenado bispo na Catedral de Campinas pelas mãos do até então arcebispo Bruno Gamberini (1950-2011), em 12 de outubro de 2010, onde atuou como sacerdote durante 28 anos.

A posse na Diocese de Amparo aconteceu a 24 de outubro de 2010. Lá, atuou por 5 anos até a transferência para a Diocese de Santo André, por meio do Santo Padre, o Papa Francisco.

“Um sentimento de gratidão para com o povo aqui da Diocese de Santo André, que me recebeu muito bem. Desde que cheguei tenho encontrado muita receptividade em todos os trabalhos pastorais, por parte do clero, do povo. Um povo generoso, bom e solidário”, revela.

“IN NOMINE JESU”

Em 26 de julho de 2020, Dom Pedro completou 5 anos de sua posse como bispo no ABCD.

O lema episcopal de Dom Pedro Carlos Cipollini é IN NOMINE IESU”, que significa “Em nome de Jesus”.

“Me sinto bem nestes 10 anos. Fiz e estou fazendo tudo o que é possível para corresponder a esse ministério que é muito exigente, mas também é muito necessário para a Igreja”, acrescenta.

Fraternidade necessária

Sobre o Dia da Padroeira do Brasil, o Pastor da Igreja Católica no ABCD destacou que nos tempos atuais de pandemia e muitos desafios, a reflexão se baseia no sentido de buscar a solidariedade.

“De forma que neste dia de Nossa Senhora Aparecida, peço a Deus que nos ajude como nação a colocar em prática, essa fraternidade que se traduz em políticas públicas que tirem as pessoas da miséria. Infelizmente, temos aí a volta da fome, de uma forma galopante com essa pandemia, e não podemos fechar os olhos, fingir que não está acontecendo nada. Precisamos que Nossa Senhora nos ajude a ser realistas e unir os esforços para que todos tenham vida e vida plenamente”, conclama.

“Fratelli Tutti”

O bispo ainda citou a nova encíclica do Papa Francisco “Fratelli Tutti”, lançada no início de outubro, como necessidade de olharmos como prioridade, acima de tudo, para a fraternidade no mundo.

“O que uma mãe quer? Quer os filhos unidos, mas que todos tenham vida plena e vida em abundância. E nós temos nessa época, a encíclica do Papa Francisco, que nos fala algo interessante sobre os tempos modernos, tempo de industrialização e de tecnologia, que começou com o trinômio: liberdade, igualdade, fraternidade. Que a Revolução Francesa colocou para reflexão e em ação, a liberdade e a igualdade, que estão legisladas. Existem leis para isso, mas a fraternidade ficou assim, adiada. Só que sem a fraternidade não fecha (o trinômio), precisa das três”, explica Dom Pedro.

“De forma que o grande dever que nós temos neste momento como humanidade é promover a solidariedade, a fraternidade universal, a partilha dos bens. Porque do contrário, a liberdade e a igualdade ficam incompletas. E Maria, como boa mãe, quer que seus filhos tenham liberdade, igualdade, mas também a fraternidade”, complementa o bispo.

Biografia 

Em primeiro lugar, Dom Pedro Carlos Cipollini nasceu a 4 de maio de 1952 (68 anos), em Caconde, no Interior do Estado de São Paulo.

Filho de João Cipollini e Alzira Carneiro Cipollini (já falecidos), tem três irmãos, um dos quais é também bispo da Diocese de Marília (Luiz Antonio Cipollini), e três irmãs.

Em 1972 fez o noviciado nos padres Paulinos.

Em 1973, ingressou no Seminário Central Imaculada Conceição, do Ipiranga, na capital paulista, pela Diocese de Franca (SP).

Cursou Filosofia na Faculdades Associadas do Ipiranga, hoje UNIFAI, em São Paulo.

Posteriormente, também estudou Pedagogia, obtendo a licenciatura em Filosofia e Pedagogia.

Fez o curso de Teologia, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Arquidiocese de São Paulo, obtendo o bacharelado em Teologia.

Foi ordenado diácono na Catedral da Imaculada Conceição em Franca (SP), em 7 de setembro de 1977, e presbítero na mesma Catedral, no dia 25 de fevereiro de 1978, pelo bispo de Franca, Dom Diógenes Silva Matthes, hoje emérito.

Frequentou o Curso de Extensão Universitária sobre o novo Código de Direito Canônico, no Instituto de Teologia Salesiano Pio IX, em julho de 1983.

De 1984 a 1985, cursou pós-graduação em Teologia, na Faculdade Pontifícia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, obtendo o Mestrado em Teologia, após defender tese em Teologia Dogmática.

Teologia na Itália

Cursou doutorado em Teologia na Itália, residindo em Roma, no Colégio Pio Brasileiro, de 1990 a 1992.

Estudou na Universidade Gregoriana, onde defendeu tese de doutorado em Eclesiologia, conseguindo a laurea (magna cum laude).

Em 1996, fez parte da Comissão Central do “Projeto de Evangelização Rumo ao Novo Milênio”.

Dom Pedro foi eleito bispo da Diocese de Amparo (SP) pelo Papa Bento XVI, em 14 de julho de 2010, e ordenado bispo na Catedral de Campinas, a 12 de outubro de 2010.

Depois disso, sua posse aconteceu a 24 de outubro de 2010, na Diocese de Amparo.

Foi nomeado membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), para o mandato de 2011 a 2014.

Na Assembleia Geral da CNBB de 2015, foi, em suma, eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, para os anos de 2015 a 2019, sendo reeleito em maio de 2019 para um novo quadriênio na função.

Em 27 de maio de 2015, em conclusão, foi eleito bispo da Diocese de Santo André (SP) pelo Papa Francisco, sucedendo a Dom Nelson Westrupp, que teve sua renúncia aceita por limite de idade e atualmente emérito na mesma diocese.

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