Indústria alimentícia mostra sua força no País

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Parque industrial do Grupo Marajoara, na cidade goiana de Hidrolândia

A indústria brasileira, segundo dados da ferramenta Perfil da Indústria elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) responde por 20,9% do Produto Interno Bruto do país (PIB) e 20,2do emprego formal no País. Em 2018 eram quase 10 milhões de pessoas empregadas. Esse setor cumpre um importante papel multiplicador na economia já que as cadeias produtivas são longas e todos os elos são beneficiados por sua produção, desde a extração de matérias primas, agricultura e do setor de serviços.

Mas, mesmo enfrentando tempos difíceis, a indústria brasileira tem muito o que comemorar neste 25 de maio, Dia da Indústria, segundo o presidente do grupo Marajoara Alimentos, André Luiz Rodrigues Junqueira. Ela tem avançado e se tornado cada dia mais moderna e eficiente. Entre todos os setores industriais o da alimentação é que mais emprega no Brasil, com 16,2% do total. E uma das áreas que se desponta é a cadeia produtiva do leite, que é responsável pelo sustento de mais de quatro milhões de trabalhadores que a compõem, no campo e na cidade. O setor produziu mais de 33 bilhões de litros de leite em 2018, conforme dados da Produção da Pecuária Municipal (PPM) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), volume 1,6% maior que o ano anterior.

A Embrapa estima que a pecuária de leite tenha crescido entre 2% e 2,5% em 2019. Para  2020 o movimento que se percebe é de aumento na procura pelo produto, inclusive agora com o efeito da pandemia que levou as pessoas a ficarem em casa e investirem na produção do própria alimento.

Evolução
O leite, um alimento que evoluiu com tempo e hoje agrega muita tecnologia, está cada vez mais presente na mesa dos brasileiros em versões criadas para atender às demandas da família atual, como os sem lactose, por exemplo. O consumo de derivados também tem seu espaço garantido, impulsionando a produção de leite condensado, achocolatados, creme de leite, entre outros.

Segundo o gerente industrial da Marajoara, Antônio Júnior Vilela, todo o processo, desde que o leite chega à indústria até o seu carregamento para distribuição no comércio é extremamente rigoroso, seguindo protocolos e normas nacionais e internacionais para garantir a qualidade. “Em nosso laboratório são feitas 20 tipos de análises diferentes no leite in natura que chega na fábrica. Isso nos garante a qualidade e confiabilidade do produto”, afirma Vilela.

Leite UHT – da vaca até a caixinha
Uma das formas de leite mais consumidos atualmente é o leite UHT (Ultra High Temperature), também conhecido como Longa Vida, obtido pelo processo de Temperatura Ultra Alta de Pasteurização. Este processo permite eliminar as bactérias, com isso as propriedades do leite são conservadas sem a necessidade de refrigeração. A embalagem asséptica, inibe o desenvolvimento de micro-organismos, contribuindo ainda mais para sua qualidade. 

Saiba mais sobre o passo-a-passo do processo de industrialização do leite UHT realizado na Marajoara Alimentos: 

– Do recebimento à descarga: a indústria recebe o leite cru refrigerado proveniente diretamente dos produtores. Esse leite chega na empresa em tanques rodoviários isotérmicos e, antes do seu descarregamento nos silos de armazenagem, passa por um rigoroso processo de análises. Para o descarregamento ser liberado são feitos 20 tipos de análises diferentes em laboratório próprio. São análises físicos químicos, pesquisas de fraudes e microbiológicas. Só assim, após todas as análises estarem dentro dos parâmetros de qualidade, o leite é descarregado para os silos de armazenagem e passa por um processo de resfriamento.

– Preparo e padronização: processo de preparo e padronização do leite UHT começa pela Pasteurização / Centrifugação / Padronização. O leite cru é enviado para o pasteurizador e aquecido a 72-75ºC e mantido por 15 segundos, seguido de clarificação, centrifugação e padronização da gordura. Esse processo garante a eliminação de microorganismos nocivos a saúde e elimina sujidades e/ou fragmentos sólidos presentes no leite. 

Nessa etapa se define três tipos de leite UHT: integral (mínimo 3,0% de gordura), semidesnatado (0,6% a 2,9%) e desnatado (máximo 0,5%).

– Ultra pasteurização e homogeneização: o próximo passo é o sistema de ultra pasteurização (sistema VTIS), onde o leite atinge uma temperatura de 138º a 145º por 04 segundos. Logo após, o leite passa pelo processo de homogenização, que realiza a quebra das moléculas e agrega a gordura a proteína do leite, esse processo garante um produto estéril de quaisquer microorganismos nocivos a saúde, mantendo as características essenciais nutricionais e de sabor do leite.

– Envase e controle de qualidade: após a homogenização, o leite é enviado para máquina de envase, onde vai ser acondicionado em embalagens cartonadas, onde o envase acontece de forma asséptica. Em seguida, as embalagens são direcionadas por esteiras para aplicação de tampas, em uma máquina chamada Allcap. Depois, o leite envasado é agrupado e acondicionado em caixas de papelão com 12 unidades e as caixas devidamente montadas seguem para ser paletizadas por um robô.

Toda essa operação é acompanhada de um rígido processo de controle de qualidade. A cada 30 minutos são coletadas amostras, para realização de testes e assegurar a qualidade do processo e do produto.

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