Coletivo Coletores apresenta videomapping inédito na fachada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo no aniversário de São Paulo

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Flávio Camargo e Toni Baptiste, do Coletivo Coletores, na fachada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, por Joyce Cury/Divulgação

Em projeção de escala monumental, a obra AKOMA reflete, acima de tudo, sobre histórias e resistências afro-latinas

Nestes 24 e 25 de janeiro de 2025, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo receberá em sua fachada uma projeção em vídeo inédita do Coletivo Coletores, duo formado por Flávio Camargo e Toni Baptiste.

Na obra AKOMA, eles utilizam a arquitetura da sede do museu como suporte para uma narrativa visual que aborda histórias e territórios afro-latinos.

Serão realizadas cinco sessões diárias da projeção, com duração de 15 minutos cada, entre o período das 19h30 às 21h30.

Toni Baptiste e Flávio Camargo, do Coletivo Coletores, por Daniela Cordeiro/Divulgação

Conhecido por transformar espaços públicos em telas vivas, o Coletivo Coletores mistura animações 2D e 3D, textos e documentos históricos em suas projeções, criando um híbrido entre arte pública e audiovisual expandido.

Em AKOMA, a arquitetura monumental do Museu Afro Brasil é mais do que suporte; é parte da narrativa, reforçando a ideia de que a memória e a história podem ser projetadas de forma vibrante e transformadora.

Estruturada a partir de uma pesquisa de cinco anos do Coletivo Coletores, AKOMA explora narrativas de personalidades e eventos que simbolizam resistência e luta pela memória e pelos direitos humanos. Referências como Tereza de Benguela, Maria Felipa e a Revolta dos Búzios ganham vida em uma narrativa espiralar, onde personagens e fatos históricos se entrelaçam, utilizando a arquitetura do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo como elemento ativo, ora absorvendo a narrativa, ora transformando-se em uma tela viva.

Fachada Museu Afro Brasil Emanoel Araujo/ Divulgação Coletivo Coletores

Para o Coletivo Coletores, a escolha do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo como local da intervenção não foi apenas simbólica, mas essencial. “Ocupar a fachada do Museu Afro Brasil com uma obra em escala arquitetônica sempre foi um sonho. Esse espaço é um templo de memória viva afro-brasileira e uma referência de inovação na arte contemporânea. A projeção AKOMA celebra nossas ancestralidades e convida o público a refletir sobre narrativas e figuras históricas que moldam nossa identidade, mas que muitas vezes foram apagadas da história oficial. Queremos transformar a arquitetura do museu em uma tela viva que pulsa histórias de resistência e memória”, afirma Toni Baptiste, do Coletivo Coletores.

Fachada Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, por Joyce Cury/Divulgação

A parceria entre o Coletivo Coletores e o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo para esse projeto iniciou em 2023, com um convite da instituição para criação de um edital para ativação em sua fachada, e ao fomento de produções artísticas voltadas às mídias digitais em diálogo com a arquitetura do museu. 

Além das projeções, o Coletivo Coletores oferecerá duas formações distintas e gratuitas voltadas às linguagens do videomapping:

Introdução ao Videomapping
Curso online com duração de três encontros nos dias 14, 16 e 17 de janeiro, das 19h às 22h. Voltado a iniciantes, as aulas abordam os princípios da linguagem e as técnicas fundamentais para a criação de videomapping.

Vamos Fazer um Videomapping no Museu?
Curso presencial no Museu Afro Brasil destinado aos artistas e profissionais do audiovisual, que acontecerá nos dias 21, 23 e 24 de janeiro, das 14h às 17h, com foco em adaptações para projeções arquitetônicas.

Os trabalhos desenvolvidos pelos participantes serão projetados na fachada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo durante os intervalos das exibições de AKOMA, no aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro. 

Sobre o Coletivo Coletores

Formado em 2008 na periferia da Zona Leste da Cidade de São Paulo pelos artistas e pesquisadores Toni Baptiste e Flávio Camargo, o Coletivo Coletores tem como proposta pensar as cidades como meio e suporte para suas ações, utilizando diferentes linguagens visuais e tecnológicas discutindo temáticas ligadas às: periferias globais, apagamentos históricos/culturais e o direito à cidade. Em sua pesquisa poética o Coletivo Coletores realiza ações que buscam evidenciar a história e as estratégias de resistência das coletividades e movimentos culturais insurgentes, além de colaborar com espaços, coletivos e movimentos sociais periféricos ou historicamente marginalizados. O Coletivo Coletores já participou de diferentes projetos e exposições ligados à arte, tecnologia e cidade em instituições, como MAM São Paulo Itaú Cultural, Museu das Favelas, Museu da Língua Portuguesa, FILE SP, FONLAD Portugal, Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Instituto Moreira Salles, Rede Sesc, Red Bull Station, Centro Cultural de São Paulo, British Council, Bienal internacional de Arte Contemporânea de Dakar, além de ser indicado ao MVF Awards 2021 e contemplado com o prêmio ProAC por histórico em artes visuais 2021 e receber o Prêmio PIPA 2022.

No decorrer dos últimos 15 anos, o Coletivo Coletores têm desenvolvido produções artísticas que buscam romper com a lógica habitual do circuito de arte contemporânea, fazendo do espaço urbano – onde quer que estejam – seu local de criação e ateliê. Eles utilizam a cidade como suporte para dar vida às obras que nascem do diálogo e do contato direto com o território, suas memórias e seus signos. Os trabalhos iniciam com uma pesquisa histórica, documental e estética, e resultam em uma produção de metalinguagens da memória, que ressignificam espaços arquitetônicos e monumentos históricos como Borba Gato, Monumento às Bandeiras, Igreja dos Homens Pretos, o Sítio da Ressaca, Sesc Paraty, entre outros.

Sobre o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo

O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu fundador, Emanoel Araujo (1940-2022), o museu é um espaço de história, memória e arte. Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo conserva, em cerca de 12 mil m², um acervo museológico com mais de 8 mil obras, apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história, a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional. O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias.

Serviço:AKOMA, videomapping –  Coletivo Coletores 

Datas: 24 e 25 de janeiro de 2025, das 19h30 às 21h30
Local: Marquise do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
Endereço: Parque Ibirapuera, Portão 10 –  Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana, São Paulo/SP
Gratuito

Formações gratuitas:

Introdução ao Videomapping
Curso online – 14, 16 e 17 de janeiro, das 19h às 22h
Inscrições: de 27/12 a 09/01, pelo link 

Vamos Fazer um Videomapping no Museu?
Curso presencial – 21, 23 e 24 de janeiro, das 14h às 17h
Local: Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
Inscrições: de 27/12 a 16/01, pelo link 

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