Em mesa de diálogo do Congresso Municipal de Educação PPP Participativo: Caminhos de Construção da Justiça Curricular, em Diadema, especialista destacou iniciativas governamentais que podem qualificar a vida das crianças na primeira infância
No terceiro dia do Congresso Municipal de Educação PPP Participativo: Caminhos de Construção da Justiça Curricular, em Diadema, Ana Estela Haddad destacou, durante a mesa de diálogo “O Direito da Primeiríssima Infância: o Protagonismo de Bebês e Crianças”, que todo espaço e todo acontecimento pode ser fonte de inspiração para uma iniciativa educacional.
A atividade foi realizada no Centro Cultural Okinawa e contou com a presença de cerca de 1.000 pessoas.
Secretária nacional de Saúde Digital, professora titular da Faculdade de Odontologia da USP e membro da Rede de Líderes por La Primera Infancia – rede latino-americana, integrada por líderes 28 países, Ana Estela Haddad dividiu a mesa com a formadora da Secretaria Municipal de Educação de Diadema com atuação na educação infantil e especialista na área, Valéria Pasetchny.
A mediação foi da chefe do Serviço de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de Diadema, Gisele Freire.
Ana Estela apresentou série de iniciativas, governamentais ou não, que tinha como objetivo qualificar a vida de crianças.
Citou o programa Novos Ares: a Importância da Primeiríssima Infância, iniciativa inédita e pioneira que pretende melhorar as condições de vida de crianças em 18 países.
Diadema é uma das duas únicas cidades do Brasil a participar do programa, coordenado pela entidade chilena Fundação Horizonte Cidadão, com apoio da Pontifícia Universidade Católica de Valparaiso, no Chile.
Ao todo, 24 cidades latino-americanas e caribenhas receberam monitores de qualidade do ar da Fundação para serem instalados em instituições de ensino infantil escolhidas pelos líderes locais.
Em Diadema, cinco creches receberam os equipamentos entre dezembro de 2021 e março de 2022.
Destacou também um programa que permitiu que crianças, moradoras da cidade de São Paulo, projetassem a revitalização de uma praça.
“Eles foram muito bem. Planejaram o espaço dos adultos, das crianças, e até das pessoas que estavam li na praça, em situação de rua, elas definiram que eles seriam os zeladores da praça”, listou.
Odontopediatra de formação, Ana Estela lembrou que assim como na pedagogia, é preciso dar à criança o tempo de se ambientar, se acostumar a toda situação nova em que ela se encontra.
“Lembro sempre de uma cuidadora que eu conheci que conseguia envolver os bebês em todos os cuidados, dava banho contando histórias, conversando com eles, tocando com respeito e cuidado no corpinho”, explicou.
“A forma que a gente toca o corpo de um bebê também é constituinte da autoestima e da autoimagem que ele tem sobre ele mesmo e é a mesma coisa quando estou mexendo na boca da criança, precisa ter muito respeito muito cuidado muita calma nessa hora”, disse, em conclusão.