Round 6, série mais assistida da história da Netflix, preocupa pais e educadores

In Canto do Joca On
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A série coreana tornou-se, em primeiro lugar, grande sucesso do público infanto-juvenil.

O doutor em neurociências Fabiano de Abreu e a psicóloga Leninha Wagner alertam que a classificação etária não está sendo obedecida;

Isso pode trazer problemas à saúde mental de crianças e adolescentes.

A Netflix confirmou que a produção coreana tornou-se, acima de tudo, a mais visualizada da história da plataforma, com 111 milhões de acessos.

No ar desde 17 de setembro, o conteúdo tem chamado a atenção de pais e educadores de crianças e adolescentes.

Apesar de sua classificação etária ser indicada para maiores de 16 anos.

Violência gratuita

Diante da repercussão da série, muito tem se comentado sobre a violência gratuita apresentada em seus episódios.

Isso se agrava quando se percebe que a classificação etária não está sendo seguida.

“Pode afetar a percepção e o comportamento dos mais jovens”, alerta o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu.

“Ao assistir estas produções repletas de conteúdo de cunho violento, as crianças e adolescentes acabam ‘normalizando’ e tomando isso como algo comum”, destaca, além disso.

Sobre os efeitos destes programas na saúde mental, ele, portanto, acrescenta: “Nunca podemos generalizar. O ser humano é derivado de genótipo e fenótipo, este primeiro como precursor e este segundo como resultado da experiência com o ambiente externo como educação, criação, influências, traumas, inteligência, entre qualquer outro fator que interfira na personalidade que revelam comportamentos que possam se desdobrar em consequências em outras etapas da vida. Uma criança pode ver algo ruim e não repetir, com a consciência de que aquilo não é bom ou não faz bem, como pode querer repetir desafiando ou querendo chamar a atenção. Porque pessoas diferentes, respondem de forma diferente ao mesmo estímulo. Por isso, cada um deve observado individualmente, inclusive, em sua influência sobre as demais”.

Transformação constante

Além disso, a psicóloga e neuropsicóloga Leninha Wagner explica que “somos uma espécie em constante transformação e podemos sempre ‘melhorar’, mesmo que não tenhamos a condição de ‘modificar’.

Além disso, “cada um de nós carrega sua idiossincrasia, e não se pode trocar a essência pela aparência. Pois a inautenticidade é a maior geradora de frustração e depressão. Mas a partir do reconhecimento e identificação de nosso perfil afetivo, podemos promover formas mais saudáveis de sentir. A interface da Educação com a Saúde Mental é uma necessidade que se faz urgente, para que as próximas gerações possam ser contempladas com a maior ferramenta de transformação da realidade: autoconhecimento e poder de escolha. Precisamos nos conhecer para aprender a escolher o melhor para cada um em favor se todos”, completa.

Para quem não assistiu, o enredo da série utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: ‘Batatinha frita 1,2,3’, ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ e outras, para assassinar a ‘sangue frio’ as pessoas que não atingem o objetivo final.

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