Wandeco, o grande repórter esportivo da Pan há mais de 40 anos, teve alta hospitalar e vem recuperando-se.
Trabalhamos juntos no POP, o Popular da Tarde (jornal de Esportes do nDiário Popular) em 1978, 1979, eu repórteréstagiário, e ele já uma fera.
Não esqueço a cena de quando ele chegava à tarde para escrever e agitava os dedos no ar em frente à máquina de escrever, explicando: “Aquecimento antes de datilografar”.
Isso mesmo: há 43 anos, portanto, nós datilografávamos (ainda que um dedo só de cada mão, como era o meu caso), e deixávamos digitais sem “digitar”.
Mas, o que interessa é que o brilhante Wandeco está bem.
E o texto dele é bem melhor que o meu.
Em 27 de novembro de 2020, ele havia anunciado estar com a Covid-19.
Leiam:
“CAROS,meu último teste para COVID deu positivo. Até agora não tenho sintomas preocupantes.Espero que passe logo. Na medida do possível continuarei trabalhando de casa. Cuide-se! Use máscara,álcool em Gel,fuja de Aglomerações.Não existe protocolo totalmente seguro,mas isso ajuda.”
Nesta quarta (17.3), portanto, quase quatro meses depois, ele trouxe a boa notícia.
Curtam:
“Caros, obrigado pela preocupação comigo. Recebi alta do HCor. Esse espaço permite explicar aos meus amigos a minha ausência na Jovem Pan, nas últimas semanas. Tenho atualizado meu Podcast, mais as demais redes sociais. Sentado, usando o computador tem sido possível. Andar, as dores não permitiram minha presença física nos programas. Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente…A dor fragiliza, a dor ensina, a dor provoca reflexões e melhora a visão geral das coisas e das pessoas. Nas últimas semanas foram muuuitos exames até chegar a definição de que cirurgia era o melhor caminho. O cirurgião David Del Curto , um craque, foi o responsável. Ficou comigo até a minha alta hospitalar. Com uma equipe brilhante. O atendimento HCor- em todos os setores envolvidos e em todos os horários – foi de excelente profissionalismo, sem esquecer que diante deles existem pessoas fragilizadas e em busca de ajuda. Deixei o hospital , vou continuar atualizando o material de texto e arriscar o retorno nas participações por vídeo. Fisioterapia indispensável e já pensando nas caminhadas. Depois de quase 3 anos , nesta madrugada , não gemi. Exprimir com sons as minhas dores era a rotina noturna . E durante o dia, as drogas não tinham mais efeito. Uma noite sem dores, uma bênção . Especialmente nos momentos que enfrentamos, sair do hospital e voltar pra casa é motivo de alegria e agradecimento. Até logo…abração.”