União repassa R$ 3,7 bi de FPM aos municípios nesta segunda-feira (30); para o ABCD serão apenas R$ 12,8 milhões

In ABCD, Canto do Joca, Economia On

Joaquim Alessi*

A medida é considerada um alívio para as finanças das cidades, mas, a julgar pelo valores, alivia pouco.

O governo federal repassa aos municípios, nesta segunda-feira (30.10), acima de tudo, R$ 3.722.133.625,16.

O valor é referente, portanto, à terceira parcela de outubro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Comparado ao mesmo período de setembro, o repasse teve queda de 9% (R$ 4.061.925.283,20), mas em realção a 2022, foi 6,5% maior.

Naquela época, por exemplo, foram repassados R$ 3.480.944.238,15 aos municípios.

Conta simples, os R$ 3,7 bi, se divididos diretamente entre as 5.570 cidades brasileiras, daria R$ 668.246,61 para cada. Mas, não é assim.

Há proporcionalidade, de acordo com o tamanho da população, e diferenças acentuadas.

Para a região, R$ 12,8 milhões

As verbas que vão pingar nas contas das Prefeituras da região nesta segunda (30.10) são iguais para Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá.

Exatos R$ 2.023.177,67 a cada uma das cinco, em suma.

Ficam com menos recursos Ribeirão Pires (R$ 1.719.704,00) e Rio Grande da Serra (R$ 1.011.591,13).

Isso tudo somado dá um total de R$ 12.847.183,48, o que é irrisório para o ABCD, diga-se de passagem.

As quedas do FPM vem afetando municípios menores, que dependem dessa receita da união para custear o básico: folha de pagamento, fornecedores, transporte e merenda escolar, entre outros custos fixos dos municípios.

O que atrapalha o fechamento das contas em cidades pequenas, como Vitória Brasil, no Interior paulista.

Com apenas 1700 habitantes, o prefeito Paulo Henrique Miotto explica que a dificuldade em gerir as contas tem sido grande.

“A gente não tem muitas indústrias no município, não tem geração de emprego, então a cidade vive praticamente de FPM. E com essa baixa de nossa cidade vai sofrer muito ao longo desses anos, o FPM é o carro-chefe da gestão municipal hoje.”

Contraponto

Paulo Henrique e outros gestores se queixam da baixa nos repasses, do aumento das despesas e da inflação —  que deve chegar a 4,65% neste ano.

Mas, o assessor de orçamento Cesar Lima contrapõe.

“Se tirar o fator inflação, nós ainda assim, temos um crescimento positivo de 2%, pois hoje a inflação está em cerca de 4%. Nós estamos melhorando em relação ao início do ano, estávamos com receitas bem fracas, arrecadação baixa, FPM com diferenças de 30% em relação ao ano passado, mas do meio do ano pra cá a situação tem melhorado”, explica.

O especialista em orçamento ainda ressalta que outras ajudas do governo virão para compor a receita dos municípios.

Uma delas é a compensação das perdas do FPM entre julho e setembro deste ano, prevista no PLP 136/2023, sancionado no último dia 24 e que o governo federal tem — por lei — até 31 de dezembro deste ano para fazer esse repasse.

*Com base em reportagem do Brasil 61

You may also read!

Consórcio ABC tem assembleia em Brasília e inaugura sala para reforçar proximidade com Três Poderes

Filial da entidade regional foi apresentada, em primeiro lugar, nesta terça-feira (15.07) após reunião mensal dos prefeitos O Consórcio Intermunicipal

Read More...

Mais de 400 artistas prometem transformar Festival de Inverno de Paranapiacaba em verdadeiro show a partir deste sábado

Dois últimos finais da semana de julho terão, em primeiro lugar, atrações de música, teatro, cinema, contação de histórias

Read More...

Trecho da Avenida Rosa Kasinski recuperado pela Prefeitura de Mauá

A obra concluída nesta terça-feira (15.07) consertou a caixa de águas pluviais que estava danificada A Secretaria de Serviços Urbanos

Read More...

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Mobile Sliding Menu