Na terça-feira (13.09), a direção da empresa e representantes do Sindicato terão reunião de negociação
Em assembleia na tarde desta quinta-feira (08.09), os trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo, aprovaram a paralisação da produção até segunda-feira (12).
A mobilização é, em primeiro lugar, um protesto ao anúncio da direção empresa, na terça-feira (0.096), de que pretende demitir 3,6 mil trabalhadores.
São 2,2 mil das áreas de logística, manutenção, ferramentaria, laboratórios, fabricação de eixos e transmissões de caminhões médios, e 1,4 mil com contratos temporários.
O presidente do Sindicato e trabalhador na Mercedes, Moisés Selerges, afirmou que a paralisação é para começar a ensinar ao novo presidente da Mercedes como se negocia.
“Precisamos mostrar que um processo de negociação se faz em torno de uma mesa. Muitas vezes num processo de negociação não vai prevalecer tudo que o Sindicato quer, mas também não vai prevalecer tudo o que a empresa quer”, disse.
Incoerência
O dirigente lembrou ainda, além disso, a incoerência do comunicado, já que até a semana passada pessoas estavam sendo contratadas.
“Então como é que funciona, contrata em uma semana e na outra solta um boletim dizendo que tem que demitir? Isso não é lógico, não é racional”.
“Queremos lutar pelos nossos empregos e pelo futuro também dos companheiros de contrato temporário, a luta tem que ser de todos e não só das áreas envolvidas”, afirmou.
E completou: “Aqui não tem herói, tem gente comprometida para fazer a luta, e pode ser um processo longo, temos quer ter fôlego”.
Na terça-feira (13), a direção da empresa e representantes do Sindicato terão uma reunião de negociação.
A mobilização desta quinta-feira foi aprovada por cerca de 6 mil metalúrgicos presentes na assembleia.
Hoje a planta da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo conta, em conclusão, com cerca de 9,5 mil trabalhadores, sendo cerca de 6 mil na produção.