Pedagoga explica como as novas diretrizes e mudanças na carga horária podem impactar a escolha do colégio e o futuro acadêmico dos estudantes
Neste 1º de agosto foi sancionada a Lei 14.945/2024 que reforma o Ensino Médio. Embora o Governo Federal tenha vetado a inclusão dos itinerários formativos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a lei traz mudanças importantes que devem ser observadas pelos pais ao matricular seus filhos para o próximo ano letivo.
A reforma estabelece que a partir de 2025, os alunos do novo Ensino Médio terão uma carga horária total de 3 mil horas: 2,4 mil horas dedicadas à formação geral básica e 600 horas para disciplinas dos itinerários formativos, que são áreas de escolha do estudante, como matemática ou ciências. A formação básica incluirá disciplinas como português, matemática e história, que ganharão um aumento na carga horária.
“Os pais devem estar atentos às novas diretrizes, pois as escolhas dos itinerários formativos agora serão mais guiadas por normas nacionais. Isso pode impactar a oferta de disciplinas e, consequentemente, a experiência educacional de seus filhos”, comenta Marizane Piergentille, pedagoga e diretora de educação das unidades do Colégio Adventista do ABCDM e Litoral.
A nova lei também define que os itinerários devem seguir quatro grandes áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. “Essa mudança busca evitar desigualdades na oferta de disciplinas, porém, sem a organização certa, pode acabar limitando a liberdade das escolas e alunos na escolha das áreas de aprofundamento”, aponta a diretora.
Além disso, o ensino de inglês continua sendo obrigatório, enquanto a obrigatoriedade do espanhol foi rejeitada. As escolas devem manter pelo menos uma unidade com ensino médio noturno se houver demanda suficiente e o ensino indígena poderá ser oferecido na língua materna das comunidades.
“Para os pais, isso significa que, ao escolher uma escola, é necessário verificar como a instituição está se preparando para implementar essas mudanças e garantir que as opções de itinerários formativos e outras ofertas educacionais estejam alinhadas com as novas diretrizes”, finaliza Marizane.
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