Joaquim Alessi
Ao lado do também saudoso jornalista Alberto Floret (Folha do ABC) e do dentista e Mestre em Big Bands, Ronaldo Benvenga, tive o prazer de desfrutar de momentos inesquecíveis com o Genial Ethevaldo Siqueira.
Aos 90 anos, ele nos deixa, mas deixa, acima de tudo, um legado do Jornalismo em Excelência, artigo cada dia mais raro.
Entrevistei Ethevaldo no Brasa Bar, e já com bem mais de 80 anos ele mantinha a jovialidade que o colocava entre os experts em inovação.
Ethevaldo foi inovador e revolucionário digital até os últimos dias de vida, portanto.
Durante a pandemia, fizemos uma “live. Eu em casa e ele na dele. Deu mais um show de informação.
Guardo com carinho seu livro “Revolução Digital”, autografado, e ele escreve: “Ao amigo Joaquim Alessi, brilhante jornalista (bondade dele), ofereço este livro que tem minha participação no capítulo sobre o jazz. Um abraço do Ethevaldo Siqueira, 28/11/2007”.
Faz que 15 anos, e o livro é todo dele, mas, humilde, citou apenas o jazz, já que nesse dia falávamos sobre a música. Ele, aliás, sempre foi um exímio violinista.
A leucemia tirou-o do nosso convívio, mas tudo o que produziu fica como ensinamento.
Trabalhou na antiga CTBC (Companhia Telefônica da Borda do Campo) e atuou nos principais veículos de Comunicação do País e do mundo.
O velório será realizado a partir das 14h no Velório Samaritano, em Ribeirão Preto (SP), a 70 quilômetros da terra natal de Siqueira, Monte Alto (SP). O enterro está marcado para as 16h no Cemitério Bom Pastor.
Carreira brilhante
Siqueira se formou na primeira turma de jornalismo na Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, criada em 1966.
Depois, foi lá, além disso, professor de tecnologia da informação e telemática.
De 1967 a 2012 escreveu para o O Estado de São Paulo como repórter, editor, repórter especial e colunista.
Além disso, foi colaborador da Revista Veja e comentarista da Rádio CBN e fundador de revistas.
Ao longo de sua trajetória profissional, ganhou, em conclusão, vários prêmios, entre eles o José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica do CNPQ, em 1985, o Prêmio Telesp de Comunicações, em 1979, o Prêmio Ministério das Comunicações em 1974, além do Prêmio Esso, em 1968 e 1978, e o Comunique-se, em 2007.
É autor, da mesma forma, de vários livros sobre comunicação e tecnologia como “A Sociedade Inteligente: Sobre a Revolução das Telecomunicações, dos Computadores e dos Robôs” (Bandeirante, 1987), “Três Momentos da História das Telecomunicações no Brasil” (Dezembro Editorial, 1998), “Brasil: 500 anos de Comunicações – A eterna busca da liberdade” (Dezembro Editorial, 2000) e “Como Viveremos” (Saraiva, 2004).
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