Joaquim Alessi
Faltava pouco para a meia-noite desta segunda-feira (06.11) quando prefeito Orlando Morando resolveu botar a boca no trombone, como dizia meu saudoso amigo e colega de trabalho Zé Paulo de Andrade, da Rádio Bandeirantes.
Extremamente indignado, como aliás já vem demonstrando há muito tempo, ele pediu, acima de tudo,. a prisão do presidente da Enel.
O chefe do Executivo foi, além disso, muito mais contudente que o próprio governador Tarcísio de Freitas em sua manifestação pública.
Enquanto o titular do Palácio dos Bandeirantes limtou-se, vagamente, a “reforçar a necessidade de urgência das concessionárias para religação total de energia em São Paulo e agilidade no ressarcimento a clientes residenciais e comerciais prejudicados pela falta de luz”, Morando foi mais contundente e objetivo.
“Esperei a conclusão da reunião que o presidente da Enel, concessionária que atende SBC e grande parte da região metropolitana, teria hoje no Palácio dos Bandeirantes”, escreveu Orlando Morando em suas redes sociais.
“Esperava respostas mais conclusivas”
E despachou sem meias palavras, como se espera de um líder político que interpreta as angústias da população: “Esperava respostas conclusivas.”
Além disso, foi direto ao ponto: “Eu já conheço esse cidadão! Aliás, esse sujeito. Por muito menos, outros prestadores de serviços públicos já teriam sua prisão decretada pelos riscos que ele colocou à população.”
Mais do que isso, o prefeito de São Bernardo cobrou seus colegas de forma enfática.
“Até quando as autoridades vão continuar lenientes? Será que não seria razoável prender o presidente da Enel até que ele pudesse religar todos os lares de São Paulo e devolver energia elétrica? Garantir que todas as escolas, públicas e privadas, voltassem a funcionar, além de todos os equipamentos de saúde. Creio que desta forma, com ele preso, a companhia, pela qual ele é responsável, seria um pouco mais eficiente e menos displicente com a população.”