Metade das empresas brasileiras não sabem o que fazer com os dados que coletam

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A digitalização, principalmente depois do que o mundo viveu por conta da pandemia, é  um processo inevitável. É o caso de pelo menos 66% das empresas ao redor do mundo, que levam seus negócios como orientados por dados. Contudo, ao mesmo tempo, são poucas as que sabem tratar esses dados adequadamente — apenas 21%.

A contradição é demonstrada no estudo Data Paradox, realizado pela consultoria Forrester e encomendada pela Dell Technologies, com constantes atualizações. Além de indicar a diferença significativa entre empresas que trabalham com dados de forma inteligente ou de forma incongruente, o levantamento também separa os negócios em faixas de maturidade na gestão de dados. Nesse ponto, no Brasil, 48% estão na faixa inicial, chamada Novata de Dados. Ou seja, aproximadamente metade das empresas do país afirmam estar sobrecarregadas pela quantidade e variedade dos dados que coletam. Concordam também que precisam de melhor estrutura e conhecimento para lidar com essa área.

Contudo, vale mencionar que, mesmo que quase metade dos negócios sejam novatos, 23% estão na faixa mais alta, Campeãs de Dados. No geral, os números das faixas mostram uma boa perspectiva, pois estão um pouco melhores do que a média global. No caso das Campeãs, os 23% brasileiros fazem um ótimo contraponto à média mundial de 12%.

Especialistas em dados explicam esse cenário. “A constatação da importância dos dados dominou o mercado nos últimos tempos”, afirma Gustavo Batista, Head de Inbound Marketing da agência full digital ROCKY, que integra a holding global Media.Monks. “Criou-se uma corrida em que alguns estão mais preparados do que outros. Por isso, aqueles que conseguem, fazem grandes investimentos e se tornam autoridades. Infelizmente, a maioria não sabe por onde começar”.

Na prática, segundo Gustavo, o maior problema é a centralização dos dados. O melhor uso está na unificação de ponta a ponta, o que exige domínio da área e ferramentas adequadas. “Tanto as informações offline (das lojas físicas, pontos de venda, etc) quanto os dados online (do e-commerce, redes sociais ou site) devem ser reunidas. A dificuldade é que elas vêm de plataformas diferentes: algumas do Facebook, outras do Google, ou do website, do sistema interno da marca, entre outras. Caso contrário, perdemos o trackeamento desses dados. Por exemplo, uma campanha online de mídias pode estar agregando muito para a divulgação de uma marca e, consequentemente, levando muitos usuários a comprarem nas lojas físicas. Mas, sem a centralização dos dados, não temos visibilidade desse retorno. Nesse cenário, podemos tomar uma decisão de negócio errada por acreditar que a campanha não está funcionando, quando na verdade está, só que de por um canal diferente do qual ela está inserida”, esclarece o profissional.

O desafio se multiplica quando considera-se o volume de informações simultâneas chegando ao negócio. O contexto do marketing de dados é extremamente competitivo, porque os resultados são evidentes — não faltam estudos para comprovar. O acompanhamento feito pelo Hubspot reúne dezenas de estatísticas atualizadas sobre marketing digital e seus efeitos, por exemplo: 51% dos consumidores pesquisam no Google antes de fazer uma compra online; 46% verificam o catálogo das lojas online antes de fazer as compras pessoalmente; pesquisas de termos como “próximo a mim” aumentaram mais de 200% nos últimos anos; 84% das pessoas já foram convencidas a adquirir um produto ou serviço ao ver um vídeo da marca; entre muitas outras descobertas.

Portanto, buscar maneiras de superar as dificuldades e usar os dados corretamente é essencial para que as empresas sobrevivam nesse ambiente. É um investimento a longo prazo em tecnologia e qualificação profissional, visto que o processo de compreender e trabalhar tamanha quantidade de informações não é fácil, nem imediata.

“É necessário construir uma estratégia eficiente do começo ao fim, ou seja, em todas essas etapas: coleta dos dados -> tratamento e armazenamento -> análise. E é importante frisar que, quando falamos de análise de dados, não existem atalhos, pois trabalhar com informações incorretas ou inconsistentes pode levar a decisões erradas para o negócio”, conclui Gustavo.

Os dados estão em todo lugar e nunca é tarde para aprimorar as abordagens relacionadas a eles. Mas, conforme o mundo se aprofunda na digitalização, pode ser tarde para começar.

Sobre a ROCKY

Fundada em julho de 2018, a ROCKY é uma agência full digital localizada em Sorocaba, no interior de São Paulo, que faz parte do grupo Media.Monks. A empresa faz parte de um grupo que integra as agências Raccoon e Calina, fundadas por André Palis e Marco Túlio Kehdi, que tiveram passagem pelo Google, assim como a Diretora Comercial, Daniela Gebara. Como as demais empresas do grupo, a ROCKY é composta por profissionais de exatas de universidades públicas como UFSCar e Unesp. A agência trabalha com uma estratégia voltada para resultados de acordo com o negócio de cada cliente. Entre os mais de 70 clientes da ROCKY estão grandes empresas como CVC, Submarino Viagens, Telhanorte, CCP e Loungerie.

Mais informações: https://rocky.ag/

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