“Melhor Presidente da Câmara (de Santo André) desde que comecei a acompanhar de 1960/2020!”
Assim o secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal do ABCD, engenheiro, ex-secretário da Prefeitura, Edgard Brandão Júnior, referiu-se no início da tarde deste domingo (31/5) ao ex-vereador Joaquim Henrique dos Santos, que nos deixou, aos 72 anos de idade.
Joaquim teve infarto fulminante às 9h deste domingo, em casa, foi levado ao Hospital Christóvão da Gama, mas não resistiu, segundo relato de sua nora. Velório e enterro ainda serão definidos.
Perguntei a razão de tamanho elogio, e Brandão explicou: “Todos os Projetos de Leis ligados à Engenharia, Urbanismo e Arquitetura, assim que eram protocolados na Câmara, ele enviava cópia para a Associação dos Engenheiros e Arquitetos do ABC para opinar. Esse é o maior fato. Histórico. Nunca soube que qualquer Presidente de Câmara do País inteiro tenha feito isso”
O Xará
Joaquim dos Santos foi um ser humano mais do que especial. Emotivo, falava sempre de sua origem pobre. Foi o único morador da Cidade São Jorge a chegar ao Parlamento,com honra e mérito. Sempre que me encontrava, gritava: “Xará! Daquele abraço apertado, desses que a gente não pode desfrutar hoje, e chorava”. Esse era o Xará.
Foi eleito seguidamente para três legislaturas: 1989-1992, 1993-1996 e 1997-2000.
A chave
Lembrava sempre uma passagem. No terceiro governo do prefeito Newton Brandão (1993-1996), o então ministro da Saúde, médico renomadíssimo, Dr. Adib Jatene, veio visitar o esqueleto daquele que viria a ser o Hospital Estadual Mário Covas, a fim de destinar verbas à conclusão. Na chegada da comitiva à construção, parada havia uns 12 anos, Brandão vira-se pra mim e pergunta: “Joaquim, cadê as chaves?” Eu fiquei sem saber o que responder. Por que eu, coordenador de Comunicação, haveria de saber da chaves das obras paradas? Joaquim, presidente da Câmara à época, lembra disso e ria muito.
Obrigado por muitos momentos de alegria e de trabalho por Santo André, Xará!