Grupo do ABCD participa de campanha de conscientização da dermatite atópica

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Dra. Cristina Laczynski em atendimento. Foto: Divulgação

Associação de Apoio à Dermatite Atópica (AADA) fará live nesta sexta-feira (25/09) com grupos de apoio de todo o País, entre os quais o do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC

A Associação de Apoio à Dermatite Atópica (AADA) organiza nesta sexta-feira, 25/9, live pela Campanha de Conscientização da Dermatite Atópica.

Tradicional, o evento reúne anualmente, acima de tudo, pacientes, familiares, médicos e demais profissionais da Saúde.

Em função da pandemia, as atividades deste ano ocorrerão de maneira virtual pelo YouTube, das 18h às 20h.

As inscrições são gratuitas e, portanto, podem ser feitas pelo site https://www.aada.org.br.

Entre as vantagens do novo formato está a participação de pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo.

Estão programadas apresentações de grupos de apoio de Brasília, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro, Guarulhos, Porto Alegre e da AADA-ABC, a Associação de Apoio à Dermatite Atópica do ABC, ligada ao Ambulatório Multidisciplinar de Dermatite Atópica do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (AMDA-FMABC).

ALTA INCIDÊNCIA

Segundo a Organização Mundial de Alergia (World Allergy Organization, WAO), a dermatite atópica é a doença inflamatória crônica mais comum da pele, tipificada principalmente por pele seca e com prurido (coceira).

Afeta todas as idades, mas geralmente começa em bebês e crianças antes dos 5 anos.

A prevalência varia entre 2% e 5% da população geral. No entanto, em crianças e adultos jovens pode chegar a 15%.

Lesões cutâneas

Também conhecida como eczema atópico, a doença caracteriza-se por lesões cutâneas muito pruriginosas.

Tem como sinal mais importante o ressecamento da pele, que pode ser acompanhado por descamação e vermelhidão, podendo evoluir para o envolvimento de toda a pele, com repercussões em todo o organismo.

Apesar de ser uma doença genética crônica, existem fatores ambientais que atuam de forma importante como desencadeantes.

São eles: poluição, tempo muito seco, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e de tecido sintético, frio intenso, calor e transpiração, infecções, estresse emocional e determinados alimentos.

“A dermatite atópica é considerada um problema de saúde pública, pois tem grande impacto na vida das famílias, principalmente pelo aspecto das lesões de pele e pela coceira intensa, que podem levar a alterações de sono e comprometer a qualidade de vida, o trabalho, a escola e o convívio social dos pacientes”, revela a professora de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC e uma das coordenadoras da Associação de Apoio à Dermatite Atópica do ABC (AADA-ABC), Dra. Cristina Laczynski, que alerta:

“Um dos principais problemas que enfrentamos hoje, infelizmente, ainda é o preconceito. Em função da aparência e da extensão das lesões, muitas vezes os pacientes são vítimas de bullying nas escolas ou na faculdade. É preciso deixar claro que a dermatite atópica não é contagiosa. Precisamos divulgar informações corretas sobre a doença, para diminuir o preconceito, melhorar a qualidade de vida e a inclusão social dessas pessoas”.

TRATAMENTO

Segundo a especialista da FMABC, o uso de hidratantes, em conclusão, é fundamental para minimizar o ressecamento da pele.

Assim como o acompanhamento periódico com dermatologista ou alergista, que oferecerá orientações e terapias mais adequadas para cuidar e controlar a doença.

Em quadros mais graves, além disso, pode ser necessário o uso de imunossupressores e imunobiológicos.

“É preciso estar atento também ao ato de coçar a pele e com possíveis escoriações, fatores importantes que podem levar a infecções”, diz Laczynski.

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