Fhoresp vai acionar Enel na Justiça por prejuízo a bares e restaurantes com apagão

In ABCD, Canto do Joca, Sindical On
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Edson Pinto

Entidade que abarca 24 sindicatos patronais no Estado ingressará com ações individuais para que associados tenham os prejuízos ressarcidos junto à concessionária

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) vai acionar judicialmente a Enel, em primeiro lugar.

O objetivo é responsabilizar a concessionária pelos prejuízos causados ao setor por força do apagão que perdura desde sexta-feira (11.10) na Capital e na região metropolitana.

Mais de 2,1 milhões de paulistanos, acima de tudo, ficaram sem luz.

Neste sábado (12.10), por exemplo, a distribuidora conseguiu restabelecer o serviço apenas em meio milhão de endereços.

A entidade sindical federativa abarca 24 sindicatos patronais, que representam mais de 502 mil estabelecimentos do setor.

Desses, 50% estão na região afetada pela interrupção de energia elétrica que já perdura há 24 horas em alguns pontos.

Segundo a Fhoresp, a medida legal é necessária, tendo em vista os danos milionários causados aos estabelecimentos gastronômicos.

Fim de semana

Por conta do apagão, bares e restaurantes estão, portanto, impossibilitados de funcionar. Os prejuízos ainda devem ser sentidos no fim de semana.

Aos sábados e domingos, segundo a Federação, a movimentação em endereços gastronômicos chega a ser triplicada em comparação com dias úteis:

“E, infelizmente, não é só o dia não faturado. Além do bar e do restaurante não conseguirem abrir as suas portas para funcionar, pois estão sem energia elétrica, estes estabelecimentos também não têm como acondicionar matéria-prima. Sem energia – sem geladeira, sem freezer. Os produtos perecíveis estão estragando. É um prejuízo terrível. Segundo consta na Imprensa, a Enel não tem prazo certo para restabelecer a distribuição. E quem é que paga o prejuízo dos nossos associados?”, questiona Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp.

Esse é o segundo apagão de grandes proporções decorrente de temporais que impactam drasticamente os setores de Turismo e de Alimentação no estado bandeirante. Em novembro do ano passado, o blecaute que atingiu a Capital de São Paulo e a região metropolitana provocou para o setor um prejuízo de R$ 500 milhões, segundo com cálculos da Fhoresp.

Face ao apagão que persiste desde a noite dessa sexta, a Federação colocará, da mesma forma, seu Departamento Jurídico à disposição dos associados.

A ideia é primeiro notificar a Enel e depois mediar ações individuais na Justiça.

Ações essas que requeiram indenização por parte da Enel e de outras concessionárias de energia que atuam na Capital, Grande São Paulo e Interior.

Registros

A chuva e o vendaval que atingiram a Grande São Paulo na noite de sexta foi a responsável por deixar às escuras bares e restaurantes de toda a região Sul e Oeste, além de partes das zonas Norte e Central.

Neste sábado, já na hora do almoço, foi possível observar placas em estabelecimentos informando clientes sobre a interrupção nos serviços.

“Os empresários ficam de mãos atadas. Eles não têm como armazenar alimentos perecíveis; dispensam os funcionários, sendo que muitos ganham por dia trabalhado; fecham as portas; e amargam dias no vermelho. Um dia a menos no faturamento dos comércios faz uma diferença enorme no fim do mês”, aponta, em resumo, César Ferreira, diretor do Segmento de Bares e Casas Noturnas da Fhoresp.

Na análise do diretor-executivo da Federação, é necessário, da mesma forma, saber o real problema que impede a execução de serviços eficientes por parte da Enel.

“Não é possível que, por mais de uma vez, em menos de um ano, a Enel faça isso com o setor e com os consumidores em geral. E não são só os produtos que estragam, e os clientes que vão embora; não se trata, tão somente, das portas fechadas. As contas e os impostos não param de chegar, e a folha de pagamento é sagrada. Portanto, os bares e os restaurantes precisam de uma reparação real por parte da distribuidora de energia, além de apoio do Estado e da Prefeitura, que devem cobrar da Enel uma resposta”, diz, em conclusão, Edson Pinto.

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