Diante de novo patamar da modalidade no País, equipe formada por atletas do Cachorrão, com melhor campanha na competição, bateu Santos na final
Em novo patamar da modalidade no País, o futebol feminino ganha os holofotes, especialmente, diante da euforia com a Copa do Mundo em disputa na Austrália e Nova Zelândia. E não é diferente nos Jogos Regionais, em etapa realizada na cidade. Dentro deste cenário, a equipe de São Bernardo brilhou na competição e, com talento e muita disposição, faturou nesta sexta-feira (21/7) o ouro ao bater Santos na final, por 1 a 0, gol da camisa 9 e capitã, Natália, numa partida emocionante no Estádio do Baetão.
Enquanto a Seleção brasileira se aproxima da estreia no Mundial, São Bernardo, inspirada no novo momento do esporte e formada majoritariamente por atletas do EC São Bernardo, o famoso Cachorrão, encerrou a participação com 100% de aproveitamento, vencendo Santo André, Mongaguá e Itanhaém na fase de grupos, registrando a melhor campanha do torneio. Na semi, o time superou São Caetano pelo placar de 3 a 0, com gols de Ana Flávia, Giovana Cardoso e Mabi.
A vitória derradeira sobre a forte equipe da Baixada coroou o caminho das atletas de São Bernardo, bicampeã no torneio, todas na expectativa da Copa e na torcida pela boa performance do Brasil, recheado por Marta, Tamires, Debinha, Bia Zaneratto, Andressa e companhia.
“Feliz, estamos avançando. Isso é muito bom para a modalidade e para a nova geração que está surgindo no futebol, porque muda de fato o patamar, com estrutura, financeiramente, organização. A Copa do Mundo feminina está tendo hoje grande visibilidade, a mídia tem destacado, abriu os olhos. Esse conjunto se reflete na modalidade. Vemos que logo estará em outro nível”, frisou a autora do gol do título do São Bernardo, de 26 anos, que acumula passagens pelo Minas Brasília, São José e Portuguesa de Desportos.
Técnico da equipe do São Bernardo, Prisco Palumbo destacou que o futebol feminino tem se desenvolvido gradativamente, dentro e fora dos campos. “Uma satisfação representar a cidade e verificarmos esse progresso. Vislumbramos que, comparativamente, a modalidade vai evoluir mais que o masculino. Estou há 30 anos no ramo, sou da época em que as jogadoras pagavam mensalidade. Atualmente, vemos investimento na base dos clubes, o que, anteriormente era só adulto, melhor qualidade técnica, patrocínio. Tudo isso é muito saudável.”