Dom Pedro reza missa pelas mais de 100 mil vítimas da Covid-19 no País

In Canto do Joca On
- Updated

“O caminho que Jesus nos aponta é o caminho da fé. Fé que age pela caridade através de uma vida solidária. A Eucaristia é fonte de vida solidária. Solidariedade com todos, em especial com os que sofrem. Hoje, o Brasil está de luto porque morreram mais de 100 mil pessoas. Não é pouco. Somos uma nação. Ser nação é ser solidário. A dor de um é a dor de todos. Isso é o verdadeiro patriotismo.”

Na celebração da manhã do 19º Domingo do Tempo Comum (09/08), o bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini presidiu a Santa Missa, acima de tudo, em memória das 101.049 vítimas da Covid-19 (dados do Ministério da Saúde divulgados em 9 de agosto), além de ultrapassar 3 milhões de casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus em todo o Brasil.

Solidariedade

No Dia dos Pais, portanto, o pastor da Igreja Católica no ABCD manifestou solidariedade às famílias enlutadas neste dramático e trágico momento da pandemia. “Essa Santa Missa também é oferecida em sufrágio desses que se foram. Pedimos o conforto para os que ficaram. A força e a fortaleza para os cuidadores. E rezemos especialmente pelos pais nesse dia pelos falecidos, também por aqueles que continuam a missão maravilhosa de sinalizar para os filhos, a presença desse Deus que Jesus nos ensinou a chamar de pai”, sintetiza.

Segundo Dom Pedro, em outras palavras, a solidariedade é fundamental para vencer a doença e o medo neste período de muitas dificuldades.

“Porque o Brasil é um país de gente boa. Só não vai para o buraco porque é maior que o buraco. Temos visto neste momento de pandemia, exemplos de muita partilha e generosidade. Que a Eucaristia nos potencialize a isso. Queremos abençoar todos que são generosos, que partilham e sofrem com a dor do próximo como Jesus nos ensinou”, afirmou, então.

Como acontece nas manhãs de domingo, a Santa Missa foi concelebrada pelos padres Flávio José dos Santos (vigário da Catedral) e Camilo Gonçalves de Lima (secretário episcopal), na Catedral Nossa Senhora do Carmo. A novena de São Maximiliano Maria Kolbe, padroeiro da paróquia localizada no Riacho Grande, na Região São Bernardo – Anchieta, também integrou a celebração.

Legado pela justiça social

Dom Pedro também recordou, por outro lado, a contribuição para a evangelização e luta pelos direitos dos pobres e oprimidos deixadas como um grande legado pelo bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), Dom Pedro Casaldáliga, que partiu para a Casa do Pai aos 92 anos, no último sábado (08/08).

“Dom Pedro Casaldáliga, um profeta de Deus que sempre anunciou o evangelho, seguindo os passos de Jesus, olhando a multidão que está como ovelha sem pastor e teve compaixão”, disse o bispo diocesano.

Assim, por exemplo, ele citou na Primeira Leitura(1Rs 19,9a.11-13a) que Deus intervém ao auxílio daqueles oprimidos pelas dificuldades da vida, assim como Dom Pedro Casaldáliga foi perseguido durante a ditadura militar.

Vale relembrar, além disso, que no dia 6 de agosto aconteceu o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos. “Os cristãos continuam sendo o grupo mais perseguido em todo o mundo. Mas mesmo assim sabemos que a fé em Jesus Salvador é vitoriosa”, salienta Dom Pedro.

Na reflexão do Evangelho de Mateus (14,22-33), depois da multiplicação dos pães, Jesus envia os discípulos entrarem na barca e o seguirem enquanto despedia as multidões. O Filho do Pai sobe ao monte para orar pelos discípulos para que não cedessem às tentações e superassem uma fé baseada somente em milagres, pois tinham visto a multiplicação dos pães.

Tempos atuais

Essa passagem pode ser perfeitamente comparada à realidade dos tempos atuais. “A barca era agitada pelas ondas. A barca é a figura da comunidade de fé, da Igreja alimentada por Cristo, sobretudo na Eucaristia, e deve enfrentar a travessia perigosa da vida e dos ventos contrários”, salienta.

“O mar agitado é figura da sociedade contrária ao projeto de Jesus. Projeto de justiça, de fraternidade e de paz. Os discípulos não haviam compreendido o que Jesus tinha feito com os pães e peixes que sobraram. Essa seria de fato a missão dos discípulos: não reservar nada para si, doar tudo e a própria vida como fez Jesus”, medita.

Ensinamentos

De acordo com o bispo diocesano, Jesus nos ensina que para superarmos as dificuldades devemos passar pela cruz, mantendo a perseverança e uma fé verdadeira.

“Como disse Jesus: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”. Somos convidados a recuperar a dimensão contemplativa da vida cristã, o silêncio, a oração e a escuta de Deus em nós e em nosso meio”, finaliza.

You may also read!

Akira Auriani dialoga com moradores e líderes nos bairros

O candidato a prefeito em Rio Grande da Serra Akira Auriani (PSB) participou de série de reuniões com moradores

Read More...

Flávia Morando come pastel com Carla e propõe ampliação da feira noturna em São Bernardo

Candidata ao Paço pelo União Brasil ouviu demandas da população em agenda realizada no Pq. São Diogo, ao lado

Read More...

Gilvan participa de sabatina na Acisa, roda a cidade e apresenta propostas para a Prefeitura de Santo André

Candidato fez caminhada ao lado da população no Jardim Ipanema Gilvan participou nesta quarta-feira (18.9) de sabatina na Acisa (Associação

Read More...

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Mobile Sliding Menu