Espaço criado na periferia através da ONG A História Mais Bonita será apresentado publicamente em uma live com roda de conversa sobre a importância da leitura
Na data em que é celebrado o Dia Nacional do Livro (29/10) a Escola Estadual República da Venezuela II inaugura, por meio de um Live, a biblioteca em parceira com a ONG A História Mais Bonita, que será transmitida no Facebook e Instagram da ONG, hoje (29), às 18h. A transmissão contará com uma roda de conversa sobre a importância da leitura, apresentada pela idealizadora do projeto, Lela Albuquerque. O bate-papo terá como convidadas a produtora editorial dos livros da Divisão Infantil da Companhia das Letras, Rosana Trevisan, a diretora Cristiana Silva, a vice-diretora Emanuela Silva e a professora da Sala de Leitura Lúcia Matos.
A sala foi desenvolvida por meio de doações e do trabalho voluntário, o objetivo é estimular a leitura e o conhecimento, entre crianças e adolescentes, da periferia de Guarulhos (SP). Segundo a criadora, ela observou que a sociedade está perdendo o interesse pela leitura, então a ideia é inserir os alunos no espaço e desenvolver o lúdico, estimular a leitura, a busca pelo conhecimento e a troca entre os frequentadores. Para isso, o espaço foi pensado na funcionalidade, a sala foi desenvolvida pela arquiteta Carolina Felipe, e a proposta, desde o início, foi fazer um ambiente acolhedor e confortável.
Outro pedido foi o uso de materiais reciclados e a conexão com A História Mais Bonita, que tem sua comunicação baseada no contexto marítimo. Não por acaso, Lela é carinhosamente chamada de “Capitã” durante as atividades de contação de histórias. A forma como a sala foi concebida abre espaço para receber diálogos, rodas de conversa, vivências, seminários, workshops e apresentações. “A Biblioteca Mais Bonita é um espaço que convida à liberdade, que acolhe com conforto, que atiça a imaginação”, detalha Lela.
Cristina, diretora da unidade, observou o quanto a nova sala está fazendo diferença no desenvolvimento dos alunos. “Eu percebo que eles estão muito mais interessados, a partir do momento que eu vejo transcendeu a sala de leitura. Na hora do intervalo, que é o momento que eles têm para descansar, eu vejo muitos alunos com livros, tanto é que eu tive que montar um espaço alternativo para leitura, no pátio”, conta.
Os alunos participaram desde o começo do projeto, e falam da escola e da sala de leitura com orgulho. “Quando eles montaram a biblioteca foi algo surreal, porque foi o que a gente sempre quis, hoje todos os alunos gostam de ficar aqui, de pegar um livro para ler”, relata Jailda Barbosa, aluna gremista.