A data, estabelecida pela ONU, tem como objetivo conscientizar sobre a importância da inclusão e da garantia de direitos; nesse mesmo contexto, há mais de 70 anos, a Fundação Dorina tem sido um agente importante nessa missão
A Fundação Dorina Nowill para Cegos, referência em inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, reforça sua missão de promover a capacitação e a integração social e educacional. O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, e tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a importância da inclusão e garantir que os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência sejam reconhecidos e respeitados globalmente.
Com uma abordagem que vai além das palavras, a Fundação Dorina atua para garantir o acesso à educação, cultura e à tecnologia assistiva por meio de medidas como o atendimento gratuito a pessoas cegas e com baixa visão com foco na habilitação e reabilitação; o apoio ao esporte inclusivo; a adaptação de materiais para formatos acessíveis, como o braille, produzido em seu parque gráfico, ou até mesmo audiolivros realizados nos estúdios da instituição, proporcionando mais autonomia e oportunidades para os assistidos.
“A inclusão de pessoas com deficiência visual vai muito além de políticas públicas. Ela precisa ser vivenciada no cotidiano das pessoas e das instituições, e a Fundação Dorina desempenha um papel essencial, não apenas proporcionando acessibilidade, mas também promovendo um ambiente de autonomia e empoderamento”, destaca Francisco Henrique Della Manna, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação.
As histórias de vida de quem se beneficia diretamente com esses serviços, também ajuda a ilustrar seu trabalho, como é o exemplo de Alexandre Brito, que perdeu a visão em decorrência do diabetes: “eu estava vivendo um momento muito difícil, acreditando que minha vida se resumiria a um sofá. Estávamos eu e minha esposa no shopping, quando passamos por uma mulher cega total andando com desenvoltura. Foi então que nós a abordamos e questionamos como ela tinha atingido aquela autonomia, e ela nos apresentou a Fundação Dorina. Vinte dias depois, comecei o tratamento. E foi ótimo! Iniciamos com os psicólogos, com os encontros, depois vieram as oficinas e cursos. Eu agradeço a Fundação e aos profissionais que nos atenderam com tanta simpatia, com tanta prestatividade, pois eles mudaram a minha vida. Eu saí do meu luto e aprendi muito”, relata.
A Fundação Dorina é um lugar de transformação e acolhimento para os seus atendidos. “Eu entrei em março de 2024 e descobri, no primeiro momento, que a minha vida seria transformada. Fui imediatamente acolhida pela assistente social e, logo em seguida, comecei a fazer o curso de massoterapia, depois o de informática e de técnicas administrativas. Atualmente, estou cursando o de pedagogia”, conta Laís Stéphanie da Cruz, que também realiza os atendimentos na Fundação.
“A Fundação me mostrou que eu posso ser uma pessoa comum, que não é pelo fato de eu ter a deficiência que eu tenho uma limitação. Hoje, eu tenho uma profissão, sou massoterapeuta, e consigo mexer no computador porque eles me deram autoconfiança para que isso acontecesse novamente. Hoje, eu sei o meu valor e me sinto uma pessoa extremamente útil e capaz de fazer qualquer coisa. A Fundação Dorina é um local de transformação. No momento em que eu achava estar no fundo do poço, eles seguraram a minha mão e me levantaram” complementa Laís.
Em um ano de grandes desafios e conquistas, a instituição também ressalta a importância de continuar a luta pela ampliação da acessibilidade no Brasil. “Há muito a ser feito, mas estamos otimistas e acreditamos que, com o engajamento de todos, é possível criar uma sociedade mais inclusiva”, complementa o presidente da Fundação Dorina.
Neste 3 de dezembro, a Fundação Dorina Nowill para Cegos convida todos a refletir sobre as mudanças necessárias para que o Brasil seja, de fato, um lugar onde todos, independentemente de suas limitações, possam viver plenamente e com dignidade. A inclusão deve ser uma prática diária, e, para isso, a colaboração entre instituições, poder público e cidadãos é essencial.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 78 anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional.
Responsável por um dos maiores parques gráficos braille em capacidade produtiva da América Latina, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.
A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, audiodescrição e consultorias especializadas como acessibilidade arquitetônica e web. Com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual.
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