Brasileiro relata viagem em busca da vacina nos Estados Unidos

In Canto do Joca, Turismo On
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Marco Brotto no Alasca em 2013

Marco Brotto, O Caçador de Aurora Boreal, conta o itinerário, motivações e a imunização em apenas 15 minutos

O atraso na vacinação em todo o País fez com que muitos brasileiros decidissem ir ao exterior em busca da tão sonhada imunização para a Covid-19.

Seja, em suma, por motivos familiares ou profissionais, o chamado “turismo da vacina” é uma alternativa ao alcance de poucos, mas que traz certo alívio e também reflexões.

O curitibano Marco Brotto, 50 anos, portanto, decidiu viajar a Miami no início de maio em busca da vacina Janssen, da Johnson & Johnson, por motivos profissionais.

Hoje já está imunizado com apenas uma dose.

Brotto, reconhecido internacionalmente como O Caçador de Aurora Boreal, – há 10 anos organiza expedições aos países do Ártico em busca do fenômeno -, está entre os brasileiros que tiveram seu negócio paralisado pela pandemia.

Quando as vacinas começaram a ser aplicadas e o mundo passou a ser imunizado, ele passou a enfrentar uma série de dilemas que vão além da lentidão da imunização no Brasil. 

“A grande maioria dos países onde acontecem as auroras boreais estão aceitando por enquanto apenas turistas imunizados com vacinas como a Moderna, a Janssen ou Pfizer, por isso fui atrás de uma delas nos Estados Unidos. Além da demora na vacinação brasileira, não tenho como saber qual vacina seria aplicada quando chegasse a minha vez. Precisei garantir uma vacina mundialmente aceita”, explica.

Segundo Marco, a expectativa, acima de tudo, é de que os países do Ártico reabram para o turismo de forma ampla a partir de setembro e a urgência da vacina também está relacionada ao tempo de imunização de cada dose.

Até a data da viagem de Brotto a Coronavac ainda não tinha sido aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A viagem

A viagem em busca da vacina durou 21 dias, com um período obrigatório de quarentena no México, onde não é necessário apresentar um teste PCR-RT ou antígeno negativado. “Eu recomendo fazer os testes, eu mesmo fiz. Além de uma garantia pessoal contra a doença é uma maneira de respeitar o próximo”, afirma.

Brotto saiu de Curitiba em 11 de maio rumo a Cancún, no México, onde ficou por 16 dias.

Em 27 de maio embarcou para os Estados Unidos, com visto de turista, e foi vacinado no Aeroporto Internacional de Miami.

“Você tem a vacina disponível em lojas e farmácias, mas também no aeroporto. A mecânica é muito simples: você se apresenta, preenche uma ficha e já é vacinado, não precisa responder nada em especial ou se explicar. É uma verdadeira lição de cidadania o que vi os americanos fazendo. Eu me senti respeitado, seguro e amplamente atendido como cidadão, da mesma forma como gostaria de me sentir dentro do Brasil. Foi emocionante e triste ao mesmo tempo”, detalha.

Alívio e indignação

Brotto relata que o alívio pela imunização vem junto com a indignação, que sempre volta a lembrar que esse ainda é um privilégio de poucos brasileiros da sua idade. “Ser vacinado é um momento de muita emoção e alívio. Ao mesmo tempo é um sentimento de impotência e indignação, pois gostaria que todos pudessem ter acesso tão fácil, rápido e desburocratizado à vacina, assim como eu tive”, diz.

Segundo ele, a decisão de sair do País foi muito pensada, tanto pelo lado econômico quanto pela questão moral.

Hoje, da mesma forma, o empresário do turismo incentiva quem tem condições a viajar em busca da vacina.

“Pensei muito e cheguei à conclusão de que quanto mais brasileiros imunizados, melhor para todos os brasileiros”, declara.

E completa: “Essa é a verdade. A vida normal, segura, precisa ser retomada o quanto antes.”

E dá uma dica: “Recomendo a quarentena na Costa Rica ou no México, lá os custos são mais baixos e me senti muito seguro o tempo todo”.

Brotto recomenda que os interessados no turismo vacinal pesquisem muito antes de fechar o pacote.

“O ideal é buscar agências ou assessorias sérias para não cair em conexões indevidas”, diz, em conclusão. 

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