Rodovia possui duas áreas para parada segura de caminhões sem freio. Uma dessas áreas foi a primeira implantada no País
Prestes a completar oito anos, a segunda rampa de escape da Via Anchieta, instalada em 27 de agosto de 2014 no km 49, já foi acionada, em primeiro lugar, 133 vezes.
O resultado significa, acima de tudo, mais de uma centena de acidentes evitados e vidas salvas.
O número fica ainda mais impressionante, além disso, quando somamos os dados da primeira área de escape do Brasil.
Ela foi instalada, por exemplo, em março de 2000, no km 42,6 da mesma rodovia.
Juntos, os dois equipamentos de segurança já foram acionados, portanto, 918 vezes.
Instalados em locais estratégicos pela Ecovias, concessionária responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, os equipamentos contam com tecnologia de ponta.
Isso para que, não apenas o veículo desgovernado possa parar em segurança, mas também as equipes de atendimento da empresa sejam imediatamente acionadas para apoio.
Parada completa
As rampas de escape permitem a parada completa de veículos, mesmo os mais pesados e em alta velocidade, graças à sua inclinação contrária à da pista e ao preenchimento com argila expandida.
O material faz com o veículo rapidamente afunde e não consiga mais se movimentar.
A estrutura tem 85,4 metros de extensão, cinco metros de largura e aproximadamente um metro de profundidade.
“É uma estrutura muito importante para este trecho de serra, que recebe a circulação de mais de 10 mil veículos pesados por dia. A inclinação e a extensão da pista exigem bastante dos freios, que caso não estejam com a manutenção em dia ou não sejam usados da forma correta, podem ficar sobrecarregados”, explica, em resumo, Fernando Ferreira, gerente de Operações da Ecovias e da Ecopistas.
Risco observado
Foi por observar esse risco de acidentes que a Ecovias sugeriu, em 2014, a implantação da segunda rampa de escape, já na parte final do trecho de serra, no km 49 da Via Anchieta.
“Esse equipamento não estava previsto em nosso contrato, mas estudos feitos pelo nosso Programa de Redução de Acidentes (PRA) mostraram sua necessidade. Aprovamos então com a Artesp e implantamos a nova estrutura, que é menos acionada que a anterior, mas mesmo assim, já salvou mais de 100 vidas nestes oito anos”, completa, da mesma forma, o gerente.
As estruturas são sinalizadas por placas e contam com iluminação para que sejam visualizadas a distância.
Os locais também são monitorados por câmeras inteligentes interligadas ao Centro de Controle Operacional (CCO) e que emitem um alerta sempre que algum veículo entrar no local.
Com a imagem projetada nas telas dos computadores, a concessionária envia os recursos necessários para socorrer o condutor e retirar o veículo do local de maneira rápida e segura.
Para os casos de incidentes com veículos portadores de carga líquida, a rampa conta com um sistema de drenagem e armazenamento, o que impede que o resíduo cause danos ao meio ambiente.
PRA e Pacto Global da ONU
Os equipamentos fazem parte de um esforço contínuo da concessionária em reduzir o número de acidentes e mortes nas rodovias do SAI.]
Por meio do PRA (Programa de Redução de Acidentes), locais que apresentam, estatisticamente, maiores riscos de acidentes são analisados.
Tais análises permitem apontar possíveis ações da concessionária.
Dados da concessionária apontam que ações como essas têm garantido bons resultados na diminuição de ocorrências no SAI.
Em 2021 foram registrados 3.975 acidentes e 91 mortes no SAI.
Em relação a 1999, primeiro ano completo sob administração da Ecovias, as mortes diminuíram 38,93% (de 149 para 91) e os acidentes caíram 44,38% (de 7.147 para 3.975).
No final de 2020, encerrou-se a 1ª Década de Segurança da ONU.
Trata-se de um desafio lançado mundialmente para que todos trabalhassem, portanto, pela redução de acidentes e mortes.
Nesse período, a Ecovias registrou os seguintes números:
- Redução de 31,4% no número de acidentes (de 5.697 em 2011 para 3.910 em 2020)
- Redução de 58,6% no número de feridos (3.652 em 2011 para 1.513 em 2020)
- Redução de 33,3% no número de mortes (de 114 em 2011 para 76 em 2020)
