Equipe da Santa Casa de SP estará em 06.03, das 8h às 14h, no campus da Faculdade de Medicina ABC para cadastrar interessados em fazer parte do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME)
A Fundação do ABC e o Centro Universitário FMABC organizam para esta quarta-feira (6 de março), das 8h às 14h, em primeiro lugar, a primeira campanha para cadastro de doadores de medula óssea das entidades.
A ação ocorre em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Ou seja, uma das poucas instituições habilitadas a realizar o cadastro de interessados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Para se tornar doador é necessário, por exemplo, ter entre 18 e 35 anos de idade, boa saúde e portar documento com foto.
Serão coletados, em suma, 10ml de sangue do braço do candidato para análise e registro do material no REDOME.
A coleta, aberta ao público, será na Sala de Infusão do Prédio Anexo 3, no campus do Centro Universitário FMABC (Av. Príncipe de Gales, 821 – Santo André).
Além da parceria com a Santa Casa de São Paulo, a primeira campanha de doação de medula da FUABC-FMABC conta com apoio da Casa Ronald McDonald ABC.
Da mesma forma, do Grupo de Assistência e Tratamento Oncológico Pediátrico do ABC (Grato-ABC), da Unidade de Apoio Administrativo da FUABC e do Insanos Moto Clube.
Acesso facilitado
“Estamos entusiasmados com a possibilidade de trazer para o ABC uma campanha de cadastramento de doadores de medula óssea. Hoje os interessados precisam se deslocar até o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo ou ao Hospital São Paulo da Unifesp, ambos na Capital. Nosso objetivo é justamente facilitar o acesso para os moradores da região ao cadastro do REDOME e, especialmente, aos alunos do Centro Universitário FMABC, que estão na faixa etária compatível para o cadastramento como possíveis doadores”, afirma, em resumo, o vice-reitor da FMABC, Dr. Fernando Fonseca.
A parceria entre FUABC-FMABC e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi possível graças ao intermédio da colaboradora da Unidade de Apoio Administrativo da Fundação do ABC, Roberta dos Santos Pinto.
Há cerca de 20 anos ela curou-se de um câncer, um linfoma de Hodgkin, e desde então mantém contato com obras sociais, ONGs e hospitais ligados à causa.
“Eu conhecia o trabalho da Santa Casa e pensei que seria bastante relevante desenvolvermos esse tipo de campanha aqui no ABC. Fico muito feliz que as tratativas deram certo. Tenho certeza de que teremos uma linda campanha, em favor de muitos pacientes que aguardam por um doador de medula compatível”, acrescenta Roberta.
Além da campanha para cadastramento de doadores de medula óssea, FUABC e FMABC também organizaram um evento de sensibilização para alunos, colaboradores e demais interessados.
Em 28 de fevereiro, Reinaldo Gomes, presidente da ONG Instituto Augusto Abou na Luta contra o Câncer, esteve no campus universitário.
Ele proferiu uma palestra de esclarecimento sobre a importância da doação de medula óssea.
Ato de amor
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea é preciso ir ao hemocentro mais próximo habilitado no REDOME.
A lista dos locais está em https://redome.inca.gov.br).
Ali será possível coletar no braço uma pequena amostra de 10 ml de sangue para o exame de tipagem conhecido como HLA.
Basta ter entre 18 e 35 anos de idade e apresentar documento de identificação oficial com foto.
É preciso, acima de tudo, estar em bom estado geral de saúde.
O procedimento de coleta dura poucos minutos, mas pode salvar muitas vidas!
Os candidatos a doação permanecem no cadastro nacional até completar 60 anos e podem ser contatados em caso de um paciente compatível precisar da doação.
Conforme detalhado pelo REDOME, o transplante de medula óssea é um tratamento indicado para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, entre as quais leucemias, linfomas e anemias graves.
O procedimento é rápido, como uma transfusão de sangue, e dura em média duas horas.
Ele consiste, em conclusão, na substituição de uma medula óssea doente por células normais da medula óssea.
O objetivo é a reconstituição de uma nova medula saudável.
O paciente, depois de se submeter a um tratamento que destruirá a sua própria medula, receberá, portanto, as células da medula sadia de um doador.
Estas células, após ser coletadas do doador, são acondicionadas em uma bolsa de criopreservação de medula óssea.
Depois disso, são congeladas e transportadas em condições especiais até o local onde acontecerá o transplante.
