Retorno terá revezamento de trabalhadores para diminuir risco de contaminação
Montadora é a terceira a anunciar paralisação após negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
A Mercedes-Benz decidiu nesta terça-feira (23.03) também paralisar as atividades na planta de São Bernardo, em função do agravamento da pandemia.
A negociação, em primeiro lugar, foi feita com o Sindicato, assim como ocorreu com Volkswagen e Scania, nos últimos dias.
Os trabalhadores param, portanto, a partir de sexta-feira, 26 de março, em banco de horas.
Além disso, na semana seguinte a fábrica continua parada de 29 de março a 1º de abril, em razão do período emergencial definido pelo Consórcio do ABCD.
No retorno, a partir do dia 5, foi negociada a utilização de férias coletivas com revezamento de turmas, para reduzir o número de trabalhadores dentro da fábrica e diminuir os riscos de contaminação.
Cada grupo, com cerca de 1,2 mil trabalhadores, ficará fora da fábrica por 12 dias.
O revezamento poderá se estender até o fim de maio, ou terminar antes, dependendo da evolução da pandemia.
O coordenador do Comitê Sindical na Mercedes-Benz, Max Pinho, destaca que desde o início do mês o Sindicato tem feito o debate na categoria em relação à proteção da saúde dos trabalhadores.
“Infelizmente, os números diários só aumentaram. A nossa defesa prioritária é a vacina para todos já. Mas hoje, na falta de vacinas, a melhor solução é o distanciamento social”, afirmou.
Segundo Max, o aumento de casos refletiu nas fábricas.
“O pessoal está bastante preocupado, a maioria já perdeu parentes, amigos, inclusive colegas de trabalho. A medida vai garantir maior proteção dos trabalhadores e também chama a atenção de todas as esferas do governo para que tomem ações efetivas de combate à pandemia e de proteção ao emprego e renda”, ressalta.