MLB e Movimento Olga Benario promovem ato por moradia e cessão do imóvel para mulheres lutarem contra violência em Mauá

In ABCD, Canto do Joca On
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Fotos: Divulgação do Movimento

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e Movimento de Mulheres Olga Benario realizam ato no centro de Mauá para reivindicar que a prefeitura entregue os documentos necessários para iniciar as obras do Minha Casa Minha Vida Entidades conquistada pelo movimento e faça a cessão do imóvel prometido no ano passado para o movimento de mulheres.

São, em primeiro lugar, cerca de 30 mil famílias no déficit habitacional da cidade.

Mauá foi, acima de tudo, a segunda cidade do ABCD com mais denúncias de violência contra as mulheres.

Além disso, a primeira no número de casos de violência contra crianças, em sua maioria casos de violência sexual.

Assim, o movimento de moradia MLB já organizou duas ocupações de moradia na cidade.

A Ocupação Manoel Aleixo, em 2020, em escola abandonada na Vila Bocaina.

Da mesma forma, a Ocupação Antonio Conselheiro, em um terreno abandonado e sem cumprir função social, no Jardim Estrela, em 2022.

“Vida é muito miserável!”

“É por isso que a gente luta, pra que o ser humano não precise se humilhar! No sistema capitalista a vida é muito miserável! A gente luta pra gente ter uma casa enquanto a gente tá vivo”, afirma, em suma, Selma Almeida, coordenadora do MLB de Mauá.

Já o Movimento de Mulheres Olga Benario realizou as Ocupações de mulheres Helenira Preta, na Vila Bocaina, em 2017 e a Helenira Preta II, numa escola abandonada no Vila Mercedes.

As ocupações foram feitas para denunciar que Mauá é uma das cidades com piores índices de violência contra as mulheres.

Registra, além disso, a falta de políticas específicas para as mulheres na cidade e, após a primeira ocupação, foi criada a Secretaria da Mulher de Mauá.

Centros de referência

As ocupações tornaram-se centros de referência para acolher mulheres em situação de violência.

Viraram o primeiro espaço especializado no atendimento às mulheres da cidade.

“Na época que eu fui agredida, eu era muito nova e não conhecia o movimento de mulheres, tinha 17 anos. Meus pais não me apoiaram para fazer a denúncia e desde então nada foi feito, passei 1 ano sendo agredida. Hoje, depois de conhecer o Movimento de Mulheres Olga Benario e as ocupações do Movimento e penso como seria importante ter conhecido esses espaços antes. Ter companheiras que pudessem me apoiar, ter um local de acolhimento como são os do Olga”, relata Julia Calchi, militante do Movimento Olga.

Fruto das ocupações realizadas, os movimentos conquistaram um projeto para a construção de 200 casas pelo Programa Federal Minha Casa, Minha Vida.

E seguiram na luta realizando atos para que a Prefeitura cedesse um terreno na cidade para viabilizar a construção das casas.

Nesta quarta feira (22.01), as famílias se reuniram em caminhada até a Orefeitura para reivindicar o encaminhamento dos documentos necessários para a contratação do projeto das casas e também, em conclusão, a inauguração do espaço oficial prometido para a construção da Casa Helenira Preta.

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