Tecnologia contribui, em primeiro lugar, para desenvolvimento de matriz elétrica mais limpa e renovável; até 2025, investimento na modalidade vai atingir R$ 480 milhões
São Paulo avança, acima de tudo, na geração de energia limpa e renovável com a implantação da maior usina solar flutuante do País.
Nesta quarta-feira (17.01) o Estado entregou, por exemplo, a primeira etapa de implantação da Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF Araucária), na represa Billings, na Capital.
O projeto começou a operar como piloto em fevereiro de 2020, no governo João Doria.
Com 10,5 mil placas sobre a lâmina d’água e investimento inicial de R$ 30 milhões, a planta tem, além disso, capacidade para produzir até 10 GWh por ano a partir da matriz solar, o equivalente ao consumo de 4 mil residências.
”Interessante”
“O projeto é muito interessante porque a gente está aproveitando o espelho d’água para gerar energia, temos a primeira usina fotovoltaica flutuante que vai gerar energia comercialmente no Brasil. É um exemplo que veio para ficar e temos que usar esse potencial para gerar energia limpa, barata e acessível. É mais um passo na nossa política energética de sustentabilidade”, afirmou, em resumo, o governador Tarcísio de Freitas.
A cerimônia também teve a participação, da mesma forma, da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, dos presidentes da Assembleia Legislativa do Estado, André do Prado, e da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, e do prefeito da Capital, Ricardo Nunes, além de autoridades estaduais e municipais e gestores da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae).
A usina é um dos principais projetos de desenvolvimento de energia sustentável em São Paulo e foi implementada sob coordenação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
Final de 2025
A conclusão está prevista para o final de 2025, com a entrega de outros 75 MW de energia renovável e investimento de R$ 450 milhões.
“Esta usina é a concretização do que estamos perseguindo no estado de São Paulo em relação à energia limpa, transição energética e descarbonização. Nosso plano de energia tem um horizonte até 2050 e, só no ano passado, prospectamos mais de R$ 20 bilhões em projetos de energia que olham a economia circular. Isto significa usar energia limpa para levar prestação de serviço de qualidade aliada ao meio ambiente e ao que, de fato, significa sustentabilidade”, afirmou Natália Resende.
A usina possui 7 MW pico de potência instalada, com 5 MW de potência de conexão e painéis fotovoltaicos instalados sobre flutuadores de polietileno de alta densidade.
A geração de energia será iniciada imediatamente após emissão da licença de operação pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
A planta será a maior do País a operar comercialmente na modalidade Geração Distribuída, com geradores próximos aos centros de consumo.
A produção da planta será abatida do consumo de energia elétrica dos clientes da usina, por meio de compensação nas contas de luz.
Empregos
Em dois meses, a implementação da usina gerou cerca de 200 empregos.
Em comparação com a área total da Billings, o espaço ocupado pela usina na superfície da represa é menor que 0,1%.
Ou seja, tem baixo impacto ambiental de instalação no local.
“Esse é um projeto grandioso, que alavanca o setor fotovoltaico sobre lâminas d’água. Somente nessa primeira fase, foram gerados 80 empregos diretos e aproximadamente 120 empregos indiretos pelas empresas fornecedoras. A previsão para os próximos dois anos é de muito trabalho com a instalação de mais plantas. Estamos 100% engajados nesse objetivo”, afirmou, em conclusão, o diretor-presidente da Emae, Marcio Rea.