A Prefeitura de São Bernardo vai recolocar, a partir de segunda-feira (26/10), o atendimento normal, bem como as cirurgias eletivas, no Hospital de Clínicas (HC), situado na Estrada dos Alvarengas, devolvendo as alas e os 100 leitos correspondentes (40 UTI e 60 Enfermaria), que estavam destinados exclusivamente para acolhimento à Covid-19, desde o início da pandemia, em março. Para o retorno completo das atividades do complexo hospitalar, um amplo processo de higienização está sendo realizado.
O HC, no entanto, vai atender os casos de Coronavírus, quando detectado, como parte do protocolo sanitário, que é de testar todos os pacientes atendidos no complexo hospitalar do município. “Todos, que vão passar por um procedimento cirúrgico no Hospital de Clinicas, realizam o teste para detecção de COVID-19. E embora, atualmente o equipamento esteja voltando às atividades normais, alguns destes pacientes que testarem positivo para a doença e ficarão internados para o tratamento em quarentena, no hospital”, destacou o secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple Sobrinho.
O planejamento foi oficializado após o município garantir estabilidade no atendimento ao vírus, tendo registrado no último mês média de 30% a 35% de ocupação nos leitos de UTI, que estão distribuídos em outros quatro hospitais permanentes da cidade: Hospital de Urgência (250 leitos, 80 de UTI e 170 de Enfermaria), Novo Hospital Anchieta (100 leitos, 19 de UTI e 81 de Enfermaria), além do Hospital e Pronto Socorro Central (19 leitos, 9 de UTI e 10 de Enfermaria) e Hospital Municipal Universitário (HMU), que conta com outros 9 leitos, sendo 3 de UTI e 6 de enfermaria.
Desde o início da pandemia, o Hospital de Clínicas esteve na linha de frente ao atendimento e procedimento aos pacientes com Coronavírus, tendo reservado parte de sua estrutura ao acolhimento ao vírus.
A média do município chegou a ser de 70% de ocupação em leitos de UTI, entre abril e julho. O próprio HC registrou ocupação de quase 100% em determinados dias.
AÇÕES – Até setembro, foram investidos R$ 304,2 milhões em ações de enfrentamento da Covid-19. O montante engloba recursos externos ingressados nos cofres municipais, que ajudaram a Administração a implantar dois novos hospitais de referência para a doença, adequar leitos, realizar testagem em massa, contratar novos profissionais, comprar equipamentos, EPIs, medicamentos, insumos, entre outras ações. Todas estas medidas fizeram que São Bernardo fosse considerada a cidade menos vulnerável à Covid-19 na região metropolitana de São Paulo e a segunda menos vulnerável no País, segundo estudo do Instituto Votorantim.