Encontrei o grande Jura no cemitério de Vila Euclides, em fevereiro, no enterro de Waldir Cartola.
Sua fisionomia já não era boa. Nos cumprimentamos, perguntei: “Tudo bem?”. Ele, muito sincero, direto, respondeu: “Não, estou muito mal”.
Fiquei sem palavras. Apertei sua mão, pois já estava de saída, e disse: “Te cuida!”, imitando seu sotaque gaúcho, apesar de viver há décadas no ABCD.
Mas ele não teve o direito de se cuidar. Deveria ter passado por cirurgia de câncer de rim em abril. Mas, a cirurgia foi adiada por causa da covida-19.
Quem me revela esses detalhes, em primeiro lugar, é a grande jornalista de rádio Janete Ogawa, sua colega de Rádio ABC.
A irretocável carreira de radialista, Jurandir começou na antiga Rádio Independência, de São Bernardo.
Depois disso, com Rolando Marques, Antonio Lavrado e outros, integrou o time dos Craques do Rádio, da Diário, e foi para a Rádio ABC.
A foto aqui publicada é de novembro de 2019, mês em que ele já apresentava um emagrecimento preocupante, com diz Janete.
Jurandir estava, portanto, com 76 anos. Jovem, foi modelo profissional. Torcia pelo Inter de Porto Alegre e pelo Santos da Vila Belmiro.
Mas, analisava com maestria todas as equipes, todos os jogos, campeonatos,
Era completo, enciclopédia. Deixa uma lacuna grande, em resumo.
A foto aqui é reprodução de uma participação sua no Anacleto Campanella, em novembro. Já bem magro.
Participou de transmissão da Rádio Paraty FM, com Antônio Eustáquio, o popular Tonhão, de São Bernardo, quando o São Caetano conquistou a Copa Paulista.
O sepultamento será às 16h, no mesmo cemitério de Vila Euclides, em São Bernardo.