Joaquim Alessi
Apresentado nesta quinta-feira (1º.06) na Câmara Municipal de São Paulo, inquérito epidemiológico feito no entorno do Polo Petroquímico de Capuava, no ABCD, descartou ligação de doenças com as atividades das empresas do setor.
O estudo foi pedido, em primeiro lugar, por vereadores da Capital à Secretaria Municipal de Saúde.
O objetivo era o de investigar, por exemplo, a possibilidade de a poluição atmosférica provocar doenças na tireoide.
Foram entrevistadas, acima de tudo, 3.674 pessoas em bairros próximos ao Polo.
Dessas, 165 foram diagnosticadas, portanto, com algum problema na tireoide, e uma com a Tireoidite de Hashimoto.
Diante desses resultados, o estudo afirma, em suma, que não se pode concluir que morar nessa região eleva a probabilidade de adoecimento.
O relatório ainda sugeriu, além disso, novos estudos na região para avaliar e monitorar a qualidade do ar.
O Polo Petroquímico destaca, em nota, seu compromisso com o meio ambiente e com a saúde da população do entorno.
Assinalou, em conclusão, que vai acompanhar cada passo do estudo epidemiológico.
Doença independe do local de moradia
O inquérito epidemiológico solicitado pela CPI da Petroquímica da Câmara Municipal de São Paulo à Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) para investigar a incidência de doenças relacionadas à poluição em moradores da zona leste, de bairros vizinhos ao Polo Petroquímico de Capuava foi apresentado nesta quinta-feira (1º.06) e apontou que a possibilidade de desenvolver doença tireoidiana independe de residir próximo ao polo.
Segundo a Diretora de Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental da Covisa, Magali Batista, o estudo foi direcionado somente a problemas relacionados a tireoide e teve como metodologia amostragem aleatória através de sorteio.
O levantamento contou com a participação de 3.674 pessoas com mais de 40 anos.
Todas residentes em áreas de exposição (próxima ao polo) de São Mateus, São Rafael e Sapopemba, na zona leste.
Além disso, em aéreas de controle (mais afastadas do polo), como Jabaquara, zona sul, e Itaim Paulista, também na zona leste.
Entre os participantes 165 apresentaram alteração na glândula tireoidiana, sendo o sexo feminino com a maior incidência.
“A conclusão é que neste estudo não foi possível dizer que há uma prevalência maior de Tireoidite de Hashimoto em residente no entorno do polo petroquímico”, afirmou, em resumo, a diretora.
Ela ainda destacou, da mesma forma, que o município irá monitorar a região e sensibilizar os profissionais das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do entorno.
Isso para que tenham um olhar mais atento aos casos de tireoidite.