Fotos de Adriana Horvath ficam até 10 de setembro na Fábrica de Cultura de Diadema
A exposição fotográfica “Vidas Invisíveis” nasceu do desejo de normalizar Pessoas em Situação de Rua como indivíduos que possuem sonhos, alegrias e vontades e que são também sujeitos de direitos, pois assim são vistos pelos funcionários do Centro POP, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Diadema.
Pelas lentes da fotógrafa Adriana Horvath foram registrados 16 matriculados do Centro POP e também os funcionários do local.
Segundo ela, foi, acima de tudo, uma experiência e tanto ouvir histórias, entender a dinâmica que fez de muitos deles pessoas errantes, sem destino certo, sem objetivos.
“Na pele deles senti o frio, senti o descaso e a revolta que pode ocupar espaço e tornar a reinserção à sociedade algo ainda mais distante”.
Segundo Adriana, em conversas com cada fotografado sobre a vida, a família e os vínculos, a timidez dava lugar a um certo brilho nos olhos.
“Senti também a esperança que os fazem acreditar que o dia de amanhã pode ser melhor. Que os fazem se apegar a coisas que nós também nos apegamos; um sobrinho que acabou de nascer e cujo nome o tio tatuou no braço; uma vitória no punho erguido que comemora o novo emprego e o amor e a satisfação no olhar negro que daqui a pouco pousará sobre uma lousa para o processo de alfabetização tardio aos quase 53 anos”, disse.
Com fotos pré-selecionadas no Festival Paraty Em Foco, a exposição “Vidas Invisíveis?” segue, em conclusão, na Fábrica de Cultura de Diadema, à Rua Gustavo Sonnewend Neto, 135 – Centro, de terça a sexta das 9h às 19h e aos sábados das 9h às 17h.