A final do Campeonato Paulista de Futebol de 1998, que a Band reprisou hoje (24/5), me fez lembrar um caso curioso
Eu era editor-chefe do Diário Popular, e o diretor de Redação, Josemar Gimenez, incumbiu-me de organizar, com o nosso colunista Sérgio Carvalho, e com o presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah, a festa de premiação do torneio.
Na noite da Festa, estávamos na entrada da imponente casa de shows fechada para a cerimônia, recepcionando convidados especiais e as estrelas. O artilheiro do campeonato, França (que marcara dois gols contra o Corinthians, na final), chega de blazer e blusa gola olímpica.
Farah surta: “Não vai entrar. Está no convite. É terno e gravata!”
Argumentei: “Presidente, mas é o artilheiro, vai ficar de fora?”
Farah irredutível: “Não tem exceção. Eu avisei um por um, não tem desculpa”.
Recorri a Josemar, que estava ao lado. Nosso diretor tentou mais uma vez demover Farah da decisão.O homem estava irredutível.
Num rompante, Josemar tirou sua gravata, entregou-a a França e disse: “Você entra, eu não preciso entrar, você é a razão da festa, não eu”.Virou-se para Farah e despediu-se: “Boa noite. Eu não entro”.
Farah mudou de opinião, ou melhor, justificou-se: “Você é o promotor do evento, você pode”.
A festa foi um grande sucesso.