Prefeitura de São Bernardo oficializa projeto Guardiã Maria da Penha

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Crédito: Gabriel Inamine/PMSBC

Prefeito Orlando Morando e procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, assinaram nesta segunda termo de cooperação para políticas de enfrentamento da violência doméstica

A Prefeitura de São Bernardo deu o pontapé para colocar em prática projeto que visa, em primeiro lugar, ao enfrentamento da violência doméstica e familiar.

O prefeito Orlando Morando assinou, na tarde desta segunda-feira (7/2), portanto, termo de cooperação técnica com o MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

Ele destina-se, acima de tudo, à promoção de atividades conjuntas e trocas de experiências para execução e formalização do projeto Guardiã Maria da Penha.

O programa tem como foco prevenir e combater a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial contra as mulheres.

Para tanto, a parceria firmada pelo município com a Promotoria paulista vai viabilizar o monitoramento do cumprimento das normas de proteção das mulheres e a responsabilização dos autores de violência de gênero.

A ideia é, além disso, garantir a fiscalização de medidas protetivas de urgência deferidas, mediante visitas às vítimas por equipes mistas.

Na prática, GCMs (Guardas Civis Municipais) de ambos os sexos serão capacitados, com base em aptidões pessoais e curriculares, para adotar as providências pertinentes no caso de descumprimento das medidas protetivas.

Após a capacitação, há uma segunda seleção desses profissionais com base no desempenho durante o curso.

Casos selecionados

Os casos de violência serão selecionados pelo Ministério Público e enviados para a GCM.

As ocorrências são acompanhadas de cópias do Boletim de Ocorrência, decisão de medidas protetivas e mandado de intimação do agressor.

Depois disso, as equipes da GCM fazem a primeira visita para as vítimas selecionadas, com realização de avaliação de risco, conforme o Formulário Nacional de Avaliação de Risco.

Ele é um instrumento legal criado pelo MP e pelo Poder Judiciário para identificar e nortear a assistência às vítimas de violência doméstica.

O programa também mira a participação efetiva das próprias vítimas.

As mulheres em situação de violência e seus familiares também serão inseridos em uma rede de atendimento.

O acordo de cooperação assinado nesta segunda tem vigência de cinco anos, podendo ser renovado posteriormente.

“É uma alegria poder participar e colaborar com esse termo cujo foco é o enfrentamento da violência doméstica. Somos muito cuidadosos com aquilo que nos comprometemos. O que assinamos precisamos executar. Por isso, não adianta ter bom discurso, é preciso de ação prática”, ressaltou, em resumo, Morando.

Ele assinou o termo de forma virtual, e destaciu a importância da atuação da promotora Érika Pucci da Costa, da 16ª Promotoria de Justiça de São Bernardo, no enfrentamento à violência doméstica no município.

“É lamentável que, em pleno século 21, no mundo moderno, a gente ainda veja mulheres – não só elas, mas as crianças também – vítimas da violência doméstica”, disse.

E complementou, da mesma forma: “Chega a ser vergonhoso, mas temos de enfrentar”.

Como funciona

É por meio do Ministério Público de São Paulo que o programa Guardiã Maria da Penha fará contato com as mulheres detentoras de medida protetiva na Justiça.

Ao receber as informações dos promotores, a GCM fará contato direto com as vítimas, por meio de uma visita na residência. Nessa etapa, haverá uma abordagem inicial.

Só então a guarda oferece à vítima a oportunidade de participar do programa, que é voluntário.

Apenas depois de aceitar a assistência a mulher passa a integrar o programa.

Entre os benefícios principais, ele oferece a fiscalização da ronda, orientação e encaminhamento para os equipamentos da rede de proteção.

“Nós vamos colocar pelo menos uma patrulha de segunda a segunda para atender todas as demandas que o Ministério Público nos encaminhará. Recebendo as ocorrências, vamos fazer as visitas e ao final vamos encaminhar os relatórios da GCM para que o MP e o Judiciário adotem as medidas pertinentes para cada caso”, explicou, em conclusão, o coronel Chaves.

“Será um longo trabalho, um trabalho duro, mas em algum momento alcançaremos o resultado efetivo, com a diminuição ou até mesmo vamos extirpar esse mal da nossa sociedade. Tenho certeza que os resultados serão muito palpáveis”, frisou o procurador-geral de Justiça, Mario Luiz Sarrubbo.

Histórico

O projeto Guardiã Maria da Penha foi implementado inicialmente em São Paulo, em 2014 e atualmente se expande para mais de 20 cidades.

Em São Bernardo, a Lei Municipal 6.992/2021, do Projeto Guardiã Maria da Penha, foi sancionada em 27 de agosto.

Além da Lei Guardiã Maria da Penha, a Prefeitura de São Bernardo promoveu nos últimos anos diversas ações voltadas a proteção das mulheres vítimas de violência.

Entre elas a sanção, em 2017, de legislação que estabelece multa de R$ 6.548 a quem for flagrado cometendo assédio sexual nos ônibus municipais e em locais públicos da cidade (Lei Tamires).

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