Voto popular elege queijo Mantiqueira de Minas melhor do Festival do Queijo Minas Artesanal

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Fotos: Washington Alves/Divulgação

O último dia do Festival foi marcado pelo sucesso de venda dos produtos, participação nas oficinas culinárias e avaliação técnica dos queijos artesanais

O queijo Mantiqueira de Minas foi eleito, em primeiro lugar, o melhor da 6ª edição do ‘Festival do Queijo Artesanal de Minas’.

A Votação Popular do Melhor Queijo do Festival foi, portanto, destaque do último dia do evento, que aconteceu no Expominas, em Belo Horizonte.

Neste ano, por exemplo, mais de 20 mil pessoas visitaram o evento.

Os visitantes do festival puderam, acima de tudo, eleger o melhor queijo entre os 13 que disputaram a competição.

O casal Roberto Beling e Ana Magalhães elogiou a iniciativa.

“Aprecio muito a interação dos visitantes, porque somos os principais clientes e consumidores finais”, afirma Roberto.

Ana, empresária e dona do Empório Artesanário, em Nova Lima, disse que “a votação também foi um momento de conhecer melhor os queijos artesanais e ampliar as opções de compra.”

Durante a tarde, outra premiação ganhou destaque, da mesma forma, desta vez internacional.

O Azeite Kochen Menta, que faz parte do projeto Origem Minas, foi eleito o melhor azeite saborizado do concurso EVO IOOC Italy – International Olive Oil Contest 2024.

Avaliação Técnica

Esta é a segunda vez que foi realizada a Avaliação Técnica de Queijos dos produtores assistidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Agroindústria do Sistema Faemg Senar no Festival.

Neste sábado (15.6) foram avaliados cerca de 200 queijos de diversas regiões do estado, com o objetivo de oferecer qualificação aos produtores para a comercialização de seus produtos.

Houve, por exemplo, empate no primeiro lugar com nota máxima de 100 pontos.

O prêmio ficou com os produtores do Queijo Artesanal de Alagoa, Messias Jacinto de Barros, da Queijaria Três Irmãos, e Márcio Martins, da Queijaria 2M.

Além dos primeiros lugares, serão entregues troféus personalizados aos 10 produtores com as melhores colocações.

Segundo a analista de assistência técnica e gerencial do Sistema Faemg Senar, Paula Lobato, a atividade não tem um caráter de competição, mas sim de valorização da cadeia produtiva.

“Buscamos aprofundar o conhecimento sobre os produtos, de forma que o produtor tenha mais propriedade na hora da comercialização, inclusive, a respeito das notas de gosto, odor, aroma e textura do queijo, o que agregará mais valor ao produto”, disse, em suma.

Os participantes ainda receberão um certificado e um relatório sobre as características dos seus queijos, podendo utilizá-los nas embalagens ou em material de divulgação.

Vendas

A 6ª edição do evento foi, acima de tudo, um sucesso na comercialização e valorização da cultura gastronômica mineira.

“O festival é muito importante para os produtores. Não só vendemos queijos, mas também tivemos a oportunidade de compartilhar as histórias de como o produto é feito”, afirma a produtora do Queijo Artesanal Sabor da Alagoa, Priscila Barros.

A iguaria, maturada por um ano e produzida no município de Alagoa (MG), teve mais de 150 kg vendidos, e foi necessário reforço.

“Vendemos tudo e precisamos de mais um frete para hoje. Estamos muito felizes com o resultado”, comemorou.

As queijarias do Rio Grande do Sul também zeraram os estoques no Festival. “Somos em três, sendo a Canto, Imperial e Campo Nativo. As duas primeiras comercializaram 160 kg de queijo e esgotaram as vendas no segundo dia do festival. Hoje, vendemos o restante, cerca de 68 kg do produto”, comemora o produtor Marcos Seefield.

Quem aproveitou essa variedade de produtos foi a visitante Celina Cabral, que descobriu o evento.

“Minha primeira vez no festival e achei um espetáculo! Muito bom poder conversar com os produtores para conhecer a história por trás da produção. Estou levando para casa queijos das regiões de Entre Serras da Piedade ao Caraça, Triângulo Mineiro e Serra do Salitre”, festejou.

Além do QMA, o evento teve a participação de produtores dos queijos artesanais de Alagoa, Mantiqueira de Minas e Serra Geral, totalizando 13 regiões participantes.

Oficinas

Ao longo dos três dias do festival, foram realizadas, além disso, oito oficinas, e apresentadas 20 receitas de pratos, que tiveram a participação de mais de 100 pessoas.

Coordenada pelo chef de cozinha, professor e condutor de experiências gastronômicas do INHAC – Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias, Paulo Turziani, e pelo consultor Elmer de Almeida, especialista em queijos artesanais de Minas, a oficina “Queijo e Cultura” ofereceu aulas práticas de gastronomia e a degustação de queijos artesanais com o Centro de Referência do Queijo Artesanal.

Neste sábado foi a vez da modalidade “Cozinhando em família”, em uma experiência que une cozinha, afeto e informação.

“Recebemos pessoas de todas as idades que tiveram a oportunidade de colocar em prática suas habilidades culinárias e conhecer mais sobre os queijos artesanais produzidos no estado”, destaca, em conclusão, Turziani.

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