Esta semana perdi um ente querido, e isso me fez refletir sobre o que a pandemia nos tirou de mais precioso: o direito de estar junto.
O ser humano não foi criado para ser sozinho e não tem nada mais difícil do que não poder abraçar quem você ama, especialmente em momentos de dor. A pandemia trouxe muitas alternativas para irmos “levando a vida”: lives, aulas remotas, drive ins, delivery para praticamente tudo e as redes sociais são o nosso ponto de encontro. E esta semana, vivi a triste experiência de milhões de pessoas, que têm feito das redes sociais o seu “velório”.
É ali que recebemos condolências, notícias dos parentes, abraços e beijos virtuais, mas nada é capaz de aquecer o coração, enxugar as lágrimas e aliviar a dor de uma perda e da distância como um abraço.
Como resolver?
Precisamos nos posicionar como cidadãos, venho observando que as pessoas estão se acostumando a este anormal e muitos se acomodando em suas vidas improvisadas ou se arriscando como se o vírus não fosse letal.
É preciso um despertar, é preciso um olhar mais atento e responsável para cobrar das autoridades mais urgência, mais eficiência, mais responsabilidade. É preciso respeito e enfrentamento à esta pandemia, investimento sério nas universidades, na ciência e na saúde. É preciso que cada um faça a sua parte usando máscaras, ficando em casa se possível, não se expondo em vão, para que tudo isso passe o mais rápido possível e possamos voltar a conviver com quem amamos, sem medo.
A pandemia é uma situação temporária, devemos ser otimistas sim, acomodados, jamais!
Autora: Florinda Cerdeira Pimentel é especialista em Educação Musical e professora da área de Linguagens Cultural e Corporal no curso de Licenciatura em Música do Centro Universitário Internacional Uninter.