A chuva torrencial, seguida pela falta de energia elétrica, que atingiu o centro de Santo André na tarde desta segunda-feira (08.01) prejudicou cerca de 700 estudantes que prestavam vestibular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no campus Anhanguera, na Avenida Dr. Alberto Benedetti, 444, Vila Assunção.
Muitos vestibulandos narram que os fiscais da prova estavam totalmente despreparados para uma tomada de decisão rápida após a queda da energia.
A película que cobre os vidros das janelas contribuiu para escurecer ainda mais as salas de aula.
Isso tornou difícil a leitura e a resolução das questões, sem contar o abalo emocional já comum durante qualquer processo seletivo.
Diante da situação caótica em que se transformou o exame, alguns fiscais liberaram o uso da lanterna do telefone celular.
A medida contraria totalmente o regulamento, que não permite o uso de aparelhos eletrônicos em provas.
Outros fiscais disseram que o período de término da prova seria estendido das 18h para as 19 horas, o que não ocorreu.
Caso de polícia
Tal situação virou até caso de polícia, haja vista que vários estudantes registraram Boletim de Ocorrência.
“O vestibular da Unifesp é um dos mais concorridos, pois é feito exclusivamente por candidatos ao curso de Medicina e os estudantes passam o ano inteiro se preparando para o exame. Só no Singular Anglo, são dezenas de alunos prejudicados e todos estão revoltados com a situação e ansiosos pelo pronunciamento oficial da Vunesp – empresa responsável pelo vestibular da Unifesp”, declara, em resumo, o supervisor Marcel Xavier de Souza.
Para ele, a medida mais sensata é cancelar a prova para esse grupo de estudantes e reagendar nova data para aplicação de outro exame.
“Acreditamos que essa seja a única forma para que nenhum vestibulando seja prejudicado e possa competir com igualdade com todos os demais candidatos inscritos no País que buscam uma vaga na Unifesp”, acrescenta, em conclusão, o supervisor.