Joaquim Alessi
Sete meses depois de abrir as portas, o bistrô Le Lucci revela-se uma grata surpresa no ParkShopping São Caetano.
Oferece, em primeiro lugar, gastronomia francesa de qualidade, algo que realmente faltava no ABCD.
E, acima de tudo, com preços bem em conta, em se tratando de “haute cuisine”, como dizem em Paris sobre alta qualidade.
Para completar, o atendimento é de excelência (algo que falta até mesmo em badaladas casas da região e da Capital).
Desde a recepção até o carinho e o profissionalismo do gerente e sommelier, André Luiz, que faz toda a diferença.
Aliás, conhecemos André há mais de uma década, quando nos atendia, por exemplo, em 2013, na então recém-inaugurada Grazie Napoli, de Santo André.
O menino já dava mostras de que faria sucesso nesse complicado e difícil ramo da Gastronomia.
Nos atendeu também, com a mesma maestria, no Mia Cucina, quando a casa era boa e merecia críticas elogiosas. Hoje caiu muito. Pena.
Foi, da mesma forma, gratíssima surpresa encontrá-lo na noite deste sábado (15.11), no aconchegante Le Lucci Restaurant.
Data da chegada do Papai Noel ao ParkShopping São Caetano, e já ganhamos o presente: poder jantar nessa casa maravilhosa.
Tem no nome “Restaurant”, mas, na verdade é muito mais um bistrô, sem que isso queira dizer algo menor, muito pelo contrário.
Restaurante talvez seja mais imponente, grandioso, mas bistrô é mais charmoso, menor, mais informal e certamente aconchegante.
Cardápio enxuto, claro, mas com ar de vizinho, serviço mais pessoal, pratos tradicionais. Simplicidade com técnica moderna. E ponto. Prato pronto!
A experiência
Prova disso, a salada Le Lucci na entrada: mix de folhas, queijo gorgonzola, endívias, pera, nozes caramelizadas com redução de balsâmico.
Depois, uma prova sobre a gastronomia da França: Filet mignon à poivre.
Filé mignon grelhado no ponto exato, suculento, servido com molho poivre à base de grãos de pimenta (talvez com um pouquinho de pimenta a mais que o necessário), encorpado e aromático, ao lado de batatas bem fritas. Parece fácil, mas nem todos fazem bem feita, de verdade.
Harmonizou divinamente com o La Vieille Ferme 2023, vin de France com as uvas Shiraz/Syrah, Grenache, Carignan e Cinsault.
Valeu cada centavo!
Aliás, a adega é também enxuta, mas de qualidade, e com custo/benefício interessante.
De sobremesa, o surpreendentemente excelente “Crème brûlée”.
Trata-se da clássica sobremesa francesa de creme aveludado com notas de baunilha, finalizada com fina camada de açúcar caramelizada crocante.
Casou muitíssimo bem com uma dose do finamente servido Cointreau.
Apresentado em uma coupe (taça de drink que lembra a de champagne no formato de seio), o licor de laranja triple sec cristalino, fabricado na França desde 1875, teor alcoólico de 40%, coroou a sobremesa, em conclusão.
Vamos voltar, apreciar e contar mais.
Inclusive para conhecer o menu executivo, durante a semana, Aguardem!
