Um dos mais destacados modernistas brasileiros, Oswald viveu últimos anos no Sítio Boa Sorte, no município.
O legado de Oswald de Andrade, um dos principais modernistas do País, ganha mais uma vez destaque com as celebrações do centenário da Semana da Arte Moderna de 1922.
O escritor e dramaturgo brasileiro, em primeiro lugar, passou os últimos anos de vida em Ribeirão Pires, entre 1951 e 1954, no Sítio Boa Sorte.
Em um de seus textos, o artista exalta a calmaria transmitida pela região.
Arquitetura preservada
“A ‘Boa Sorte’ me refaz. O seu milhão de árvores balançantes, verdes. As porteiras brancas. O conforto inglês, que vai da pintura discreta ao encerado verde, distinto, que recobre o piso do banheiro”, descreve.
Características, acima de tudo, da arquitetura ainda preservadas na casa, no bairro São Caetaninho.
Oswald foi um dos responsáveis por organizar a Semana de Arte Moderna em 1922, ao lado do artista plástico Di Cavalcanti e do romancista Mário de Andrade.
A manifestação artístico-cultural ocorreu no Theatro Municipal, entre 13 e 18 de fevereiro, e reuniu diversas mostras de música, dança, recitais e pinturas.
Todos os artistas tinham, além disso, o objetivo de propor uma nova visão acerca da arte no país. Uma versão “mais brasileira”.
“Oswald de Andrade sempre foi um transgressor”, diz o historiador e dirigente dos museus de Ribeirão Pires, Marcílio Duarte.
“Já estamos falando de quase 70 anos de sua morte e ele ainda continua nos surpreendendo”, assinala, da mesma forma..
O Sítio Boa Sorte, atualmente está em processo de restauração, é uma área particular.
Neste momento, portanto, o espaço não está aberto a visitações.
No domingo (13.02), o Sítio Boa Sorte, por exemplo, foi destaque no Antena Paulista.
O programa da Rede Globo mostrou, em detalhes, como está o local em que Oswald de Andrade passou os últimos anos de sua vida.
O artista, em conclusão, morreu aos 64 anos de idade.