Joaquim Alessi
A Secretaria de Saúde de São Caetano do Sul iniciou, em primeiro lugar, um projeto piloto inovador.
Trata-se da aplicação de laser odontológico para pacientes oncológicos e com deficiência.
No ano passado, por exemplo, 42 dentistas da rede participaram de uma apresentação das funcionalidades do aparelho.,
Ele possui, acima de tudo, efeitos anti-inflamatórios e analgésicos, além de estímulo à cicatrização.
O município já conta com laser de baixa potência, tecnologia menos invasiva, para diminuir a dor e o desconforto.
“Será um grande avanço nos tratamentos odontológicos da rede, principalmente a pacientes que fazem quimio e radioterapia”, explica, em resumo, a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.
Eternamente grato
Roberto Mano, 55 anos, precisou fazer sessões de radioterapia devido a um carcinoma ameloblástico de mandíbula. Ele é um dos pacientes que está utilizando o laser odontológico.
“Eu não conseguia mastigar, mover a língua, estava cheio de feridas. Emagreci oito quilos, não conseguia comer, a dor era maior que a vontade de comer. Nos primeiros dias de aplicações senti a diferença. Sou eternamente grato ao sistema pela acolhida que recebi no tratamento”, revela.
Nesta segunda-feira (13.03), foi realizada a 13ª sessão de aplicações diárias no paciente, que estava com mucosite (uma inflamação, muito dolorosa, na parte interna da boca e garganta que ocorre na maioria das pessoas que recebem quimioterapia ou radioterapia).
“Ele iniciou o tratamento muito debilitado. O laser tem alto poder de cicatrização”, afirmou o coordenador geral de Odontologia, Carlos Eduardo Bassuto.
Além disso, explicou: “Nas primeiras sessões o paciente já tem diminuição das dores, causada pelo efeito de analgesia, e consegue voltar a se alimentar”.
Hoje a equipe conta, em suma, com três dentistas habilitados para utilização do laser odontológico e em breve o atendimento será ampliado.
“Estamos fazendo um piloto com o paciente oncológico e com alguns pacientes com bruxismo, onde o laser é aplicado na articulação, diminuindo as dores, e pacientes com Síndrome de Down, que têm muitas lesões na comissura labial (canto da boca), casos que são resolvidos em duas ou três sessões”, afirma, em conclusão, Bassuto.