São Caetano do Sul já tem um laboratório para aproximar empresas de processos, tecnologias e modelos de negócios da Indústria 4.0, o Metaindústria Lab Sudeste.
A terceira unidade do projeto MetaIndústria, iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da SPI Integração de Sistemas, foi inaugurada em 30 de novembro.
O projeto inclui ainda, em primeiro lugar, uma central de processamento em Brasília e outro laboratório em São Leopoldo (RS).
Com estrutura já montada, a ABDI e a SPI pretendem, por exemplo, atender a 100 indústrias brasileiras nos próximos dois anos.
A intenção estratégica é, além da criação de um ecossistema industrial mais fortalecido, proporcionar às empresas maior maturidade na área 4.0.
Na inauguração, no Instituto Mauá de Tecnologia, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo, Tecnologia e Inovação de São Caetano do Sul, Daniel Córdoba, enfatizou, acima de tudo, a importância da indústria como motor de desenvolvimento econômico no ABCD.
Indústria é o carro-chefe
“Não podemos cair no erro da transformação econômica exclusivamente para serviço e comércio. A indústria é o carro-chefe do desenvolvimento, que permeia a cadeia produtiva de mão de obra”, afirmou, em resumo, o secretário, destacando que a indústria gera grandes transformações econômicas e oportunidades para os jovens na região.
Para implantar o Metaindústria, também conhecido como ‘Metaverso da indústria brasileira’, a ABDI e a SPI uniram-se a mais de 30 organizações nacionais e multinacionais, acadêmicas e empresariais, como NVIDIA, Universal Robotics, GM, Braskem e SGS, além de universidades como FEI e Instituto Mauá.
Instrumento crucial
Bruno Jorge, gerente da unidade de difusão de tecnologias da ABDI, explicou o processo.
Destacou o Metaindústria como um instrumento crucial para alimentar a discussão do modelo da indústria brasileira.
Além disso, ressaltou a importância de modernizar os instrumentos industriais de apoio do Estado.
“É comum ouvir que os instrumentos industriais de apoio do Estado precisam ser modernizados, e este é um modelo que deve ser replicado”, afirmou, sobre o potencial do Metaindústria. Bruno Jorge enfatizou o desenvolvimento de mais de 200 pilotos, dos quais 30 se tornaram casos de uso, consolidados agora em uma única unidade.
Para o CEO da SPI, Marcos Barbosa, o projeto vai além da entrega de tecnologias.
Busca criar um ambiente favorável para a indústria desenvolver vantagem competitiva.
“A Indústria 4.0 está aí, a tecnologia está aí, e nós temos que aproveitar isso”, disse.
E completou: “Temos que olhar para a tecnologia todo dia, pois dela saem os novos modelos de negócios”.
Após a entrega dos primeiros casos de uso, está prevista a produção de um e-book.
Ele demonstrará, portanto, como soluções de indústria 4.0 podem ser aplicadas nas unidades fabris nacionais.
Buscando criar, em conclusão, uma “Tabela FIPE” da indústria, com valores e práticas para implementação de tecnologias em empresas de diferentes portes.