Rede municipal se prepara para novo formato de educação que integra aulas presenciais e ensino remoto;
Parceria inclui troca de conhecimento, realização de estudos e avaliação diagnóstica do nível de aprendizagem
Profissionais da rede de ensino de Santo André participaram nesta quinta-feira (4) da palestra “Educação híbrida na educação básica do Brasil: desafios e vantagens”, ministrada pela educadora Maria Inês Fini, criadora da Associação Nacional de Educação Básica Híbrida.
A participação, em primeiro lugar, foi presencial e também de forma online.
No encontro, no Centro de Formação de Professores Clarice Lispector, o prefeito Paulo Serra, a secretária de Educação, Cleide Bochixio, e a pedagoga Maria Inês Fini assinaram protocolo de intenções com a instituição Fini & Fini Educare – Sociedade de Estudos Avançados em Educação e Desenvolvimento.
Troca de conhecimento
O documento prevê troca de conhecimento, estudos e avaliação diagnóstica para saber o nível de aprendizagem dos alunos de Santo André e dimensionar a defasagem provocada pela ruptura repentina das aulas presenciais em 2020.
O protocolo, da mesma forma, também inclui o desenvolvimento conjunto de metodologia no processo de retomada das aulas no ano letivo de 2021.
“A educação passará por uma transformação radical neste ano, e é com esse espírito que a gente vai retomar a educação básica na nossa cidade”, disse Serra.
Além disso, destacou: “Esta parceria nos dará respaldo científico e tecnológico neste processo. Porque, apesar de o período mais difícil estar chegando ao fim, muitas marcas de 2020 ficaram, e uma das consequências principais foi o comprometimento do desenvolvimento educacional das crianças”.
“Nosso objetivo é garantir a todos os nossos alunos, cerca de 35 mil, e seus familiares, o acesso a toda a escolaridade formal que faltou no ano de 2020, apesar de toda a dedicação dos profissionais da educação que se empenharam em meio a muitas a dificuldades”, frisou a secretária de Educação, Cleide Bochixio.
O prefeito Paulo Serra acrescentou que este é o momento de encontrar soluções para minimizar os impactos da pandemia no desenvolvimento educacional das crianças. “O conhecimento sobre o ensino hibrido, sua aplicação em todo o seu potencial, junto com o diagnóstico que medirá a defasagem do ensino por conta da pandemia, vai ser a principal maneira de minimizar esse prejuízo que já houve, e até de ultrapassar os índices de qualidade do ensino que já são muito bons na nossa cidade”.
A palestra ministrada nesta quinta-feira foi assistida de forma remota por cerca de 2.000 pessoas, além dos 100 representantes das equipes gestoras das unidades de forma presencial.
Ensino híbrido
A palavra híbrido significa, acima de tudo, mistura, ensina a professora Maria Inês.
“O ensino nesse formato não pode ser composto apenas de aulas presenciais ou somente de aulas remotas. O ensino híbrido é a combinação dos dois formatos, que se integram e dão origem a uma forma nova forma de ensino”, explicou a pedagoga.
“O ensino hibrido já existe há muito tempo e é aplicado em vários países. Mas a pandemia trouxe a urgência da sua implementação, fazendo com que um processo que levaria 10 anos para acontecer tivesse de ser aplicado da noite para o dia”, completou, em conclusão.