Santo André leva Moeda Verde à COP29

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Fotos: Alex Cavanha e Helber Aggio/PMSA

Santo André foi selecionada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) para apresentação de programas e ações de combate às mudanças climáticas no Pavilhão Brasileiro da COP29, 29ª Conferência das Nações Unidades sobre Mudanças Climáticas, de 11 a 22 de novembro em Baku, no Azerbaijão.

Com destaque, a Prefeitura de Santo André, por meio do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), fará, em primeiro lugar, a exposição sobre o programa Moeda Verde, em 16 de novembro.

A escolha por parte do Governo Federal reforça, acima de tudo, o papel e o protagonismo da cidade em prol da resiliência e da sustentabilidade.

Foram, por exemplo, quatro iniciativas selecionadas.

Os programas Moeda Verde e Santo André 500 anos e os projetos de renaturalização do Córrego GE e de reaproveitamento de recursos hídricos no Parque Guaraciaba.

No total, além disso, foram enviadas ao MMA 470 propostas e 60 acabaram, da mesma forma, escolhidas.

O programa Moeda Verde, realizado pelo Núcleo de Inovação Social e o Semasa, é uma das principais iniciativas socioambientais de Santo André.

Consiste na troca de resíduos recicláveis por alimentos hortifrúti.

Desde 2017, já foram recolhidas mais de 1,7 mil toneladas de resíduos, encaminhadas integralmente às cooperativas de reciclagem.

Em troca, foram entregues mais de 340 toneladas de legumes, frutas e hortaliças.

A iniciativa está presente em 28 comunidades andreenses, levando sustentabilidade e garantindo segurança alimentar para cerca de 100 mil moradores.

Lei municipal

O Moeda Verde se tornou lei municipal em 2022 e, neste mês, completa sete anos de existência.

Além disso, Santo André já recebeu diversos prêmios e reconhecimentos nacionais pelo programa.

Em 2024 os três mais recentes foram o Prêmio Inova Cidades, do Smart City Business Brazil Congresso, em março; Tecnologia Social certificada pela Fundação Banco do Brasil, em junho; e o 1º lugar no Prêmio Josué de Castro, do Governo do Estado, entregue em 16 de outubro.

O Santo André 500 Anos é um programa que contempla diretrizes de longo prazo visando a planejar o futuro da cidade para as próximas três décadas.

Sempre garantindo um município mais inclusivo, moderno, solidário, sustentável e de referência para o Brasil.

O processo de construção da iniciativa foi participativo e culminou com a publicação da lei municipal em abril deste ano.

Guaraciaba

O projeto de reaproveitamento de recursos hídricos ocorre no Parque Guaraciaba. Antes uma área degradada, o local foi totalmente revitalizado pela Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos. Durante as obras, houve a instalação do sistema de captação para aproveitamento da água do lago. O sistema é composto por caixa de concreto com comportas e grelhas para captação da água, tubulação para o transporte da água e área com cavalete para abastecimento de caminhões tanque por gravidade, ou seja, sem o uso de energia elétrica para bombeamento. 

Além disso, foi realizado um tratamento das margens do lago do Parque Guaraciaba com contenção em pedras e plantio de vegetação que colaboram como barreira para poluição difusa e consequentemente com a manutenção da qualidade do recurso hídrico. 

Em 2023, o volume de água captada no parque permitiu a economia de aproximadamente 12 mil m³ de água tratada. A iniciativa é um exemplo de uso sensato e ecologicamente sustentável dos recursos da cidade.

Já o projeto de renaturalização do Córrego GE contempla a intervenção em um trecho de 220 metros do curso d’água, que se encontra canalizado em seção aberta. O objetivo é transformar o canal para um perfil mais natural, ampliando sua calha, favorecendo o espraiamento do córrego e a proteção da mata ciliar, além de permitir a implantação de uma área de lazer e contemplação.

Sobre a convenção

A COP (Convenção das Partes) é uma convenção anual entre os países membros da ONU (Organização das Nações Unidas).

Ela te por objetivo discutir medidas de mitigação às mudanças climáticas.

Atualmente, participam do evento, por exemplo, os 193 países membros da ONU e cinco territórios. 

A convenção estabelece, em suma, um importante espaço de diálogo e cooperação entre os países.

O objetivo é conter o aumento da temperatura do planeta e os seus efeitos adversos sobre todos os habitats.

Algumas de suas conquistas mais famosas foram, por exemplo, a assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997, e o Acordo de Paris, em 2015.

Em 2025, o Brasil sediará a COP30, que ocorrerá, em conclusão, em novembro, na cidade de Belém (Pará).


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