Segundo dia reforçou, em suma, vínculos comunitários, valorizou artistas locais e reafirmou o compromisso do município com a equidade racial
A Prefeitura de Ribeirão Pires, por meio da Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social (SAPIS), encerrou nesta sexta-feira (21.11), em primeiro lugar, a programação especial da Consciência Negra no Paço Municipal.
Depois de um primeiro dia marcado, acima de tudo, pela força da cena musical independente, o segundo dia de celebrações manteve o grande público.
Além disso, ampliou os diálogos sobre identidade, ancestralidade e resistência.
As atividades tiveram início, portanto, às 17h, com a apresentação do Grupo de Capoeira Gingaê Camará.
O mesmo levou ao espaço, por exemplo, a energia tradicional da capoeira, unindo música, movimento e história.
Em seguida, às 18h, o público acompanhou o Baile Black com DJ Tony Di.
Ele revisitou clássicos que marcaram gerações e ajudaram a compor a memória musical da cultura negra.
Talentos regionais
A noite seguiu com uma sequência de apresentações que reafirmam o talento de artistas da região.
Às 19h, o palco recebeu a Banda Social Ruthis, levando ao público um repertório repleto de influências do soul, R&B e MPB.
Em seguida, a Banda Filosofia Reggae comandou o palco com grandes sucessos do ritmo jamaicano, embalando o Paço Municipal em um clima de celebração e união.
Durante a apresentação, a vocalista da Banda Filosofia Reggae, Nina Roots, destacou a importância de ocupar o espaço cultural do município:
“Somos uma banda de reggae de formação feminina. Mulheres negras, do ABC, por isso Ribeirão Pires é nossa casa também. Representar o nosso povo e o reggae feminino é sempre uma honra”, disse,
O encerramento ficou por conta do Grupo Sampagode e Fabiano Sorriso, que transformaram o Paço em um grande encontro comunitário.
Reuniu famílias, jovens e admiradores do samba e pagode em uma apresentação marcada pela alegria e pela participação popular.
Entre o público, moradores também celebraram a iniciativa. Glauber Rodrigo de Souza, 34 anos, morador da Vila Suíssa e músico da cidade, elogiou a diversidade da programação: “É um evento que mostra a cultura preta, a resistência e a fortaleza que é essa cultura. Teve reggae, capoeira, rap — e eu, como músico e morador da cidade, vim prestigiar.”
Campanha do ano
A programação integra a campanha municipal deste ano — “Consciência Negra: Vidas Negras, Vínculos Vivos” — alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 3, 8 e 10), que norteiam as ações da Secretaria na defesa dos direitos, na promoção do bem-estar e na construção de políticas públicas com recorte racial.
Serviços e políticas permanentes
Ao longo dos dois dias de evento, a Secretaria reforçou ao público a atuação contínua dos serviços de enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial no município. Entre eles, a Ouvidoria Racial, canal dedicado ao acolhimento de denúncias de discriminação, e o Conselho Municipal de Igualdade Racial (Compir), que terá novas eleições em dezembro e atua no controle social de políticas de equidade.
As denúncias podem ser feitas pelo telefone (11) 4828-1900 ou pelo e-mail participacaoeinclusao@ribeiraopires.sp.gov.br.
“Encerramos dois dias de celebração e diálogo com a comunidade, fortalecendo narrativas que reafirmam o protagonismo da população negra na construção da nossa cidade. A presença das famílias e de tantos artistas é um símbolo dessa união”, destacou Leonardo Biazi, secretário de Assistência, Participação e Inclusão Social.
