A Prefeitura de São Caetano do Sul, por meio do Cecape (Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação), em parceira com o SESC (Serviço Social do Comércio), realizou o “Tearzine”.
A ação aconteceu com um grupo de arte-educadores denominado “Coletivo Tear”.
Foi em 9 de dezembro, no saguão do teatro Vladimir Capella, e marcou o lançamento da segunda edição da publicação Tearzine – Eu no zine, um zine em mim.
“Essa publicação reúne as obras dos que participaram de um percurso formativo ao longo de 2021. A Tearzine teve o apoio da Seeduc (Secretaria Municipal de Educação) como um gesto de reconhecimento dessa experiência formativa que qualifica a atuação dos docentes de Artes da rede envolvidos na atividade”, explica, em resumo, Fabrício Coutinho de Faria, Secretário de Educação.
Espaço para a arte
Segundo o professor Wesley Dourado, que responde pelo expediente do Cecape, o zine, ou fanzine, é, por exemplo, um tipo de publicação autoral.
Em geral é amadora ee pretende apresentar a arte dos que não encontram o seu espaço nos meios tradicionais de difusão das produções artísticas.
“A Tearzine recebeu esse nome a partir do Coletivo Tear, criado pelos professores de Arte da rede municipal em 2017, quando se encontraram no Cecape a fim de sonhar juntos qual seria o melhor caminho para o ensino de Arte na cidade. Desde então, este coletivo vem tecendo caminhos que qualificam a educação, o fazer artístico e o professor-artista entendendo a arte como campo de conhecimento. A partir daí são realizados saraus, mostras, festivais, encontros de estudos, sempre com o foco da experiência estética, tanto para estudantes quanto para arte-educadores”, explica, da mesma forma, Milene Valentir, professora formadora do Cecape e articuladora do projeto.
“Em sua segunda edição, a Tearzine é mais uma obra tecida a muitas mãos, em gestos de força, resistência e acolhimento coletivo, onde foi possível atravessar um momento bastante tortuoso, tendo um espaço de respiro, leveza e expressão,” diz, além disso, a formadora Milene.
Beleza e força do coletivo
“O que mais me toca nesse projeto é a beleza e a força desse coletivo. Somos um grupo de professores artistas que reconhece na educação pública seu ofício e fazer artístico como um processo indissociável. Isso é bonito demais. O próprio percurso que o Coletivo Tear trilhou nesse projeto, por meio das oficinas ministradas por artistas convidados e professores da rede, fortaleceu ainda mais o ‘fazer’ desse professor-artista dentro e fora da escola. Saio desse processo com a sensação de expansão criativa, pertencimento e fortalecimento ainda mais aguçados”, diz Aline Barros (Lica), professora de Arte e participante do projeto.
O encontro presencial no Cecape foi momento, para alguns, de estar juntos pela primeira vez.
Após meses trabalhando remotamente, o encontro também foi oportunidade de conhecer aqueles com quem se fez uma caminhada formativa.
As obras de cada um foram apresentadas; músicas e expressões corporais encantaram a todos e um lanche comunitário alimentou a beleza do instante.
“Considero esse processo uma das experiências formativas mais significativas de 2021, especialmente por promover momentos de acalanto, de resistência, de criatividade e de esperança. Em tempos difíceis como esse em que vivemos, mais do que nunca a experiência artística, coletivamente acionada, mostra a sua força”, diz Sérgio Santos, professor formador do Cecape e participante do projeto.
Mais oportunidades
Em duas outras oportunidades será possível apreciar as obras dos arte-educadores.
No sábado (18.12), às 10h, na abertura da exposição coletiva Vitrine, na Pinacoteca Municipal de São Caetano do Sul.
Na ocasião, o grupo Tessitura, do qual fazem parte formadores do Cecape, fará a abertura do evento.
Além da apresentação das obras do Tearzine que estão na revista, também poderão ser apreciadas obras individuais inscritas por arte-educadores da rede.
A outra oportunidade será, em conclusão, no Sesc São Caetano, em um lançamento virtual durante fevereiro de 2022.