Item foi desenvolvido para agilizar descida de pessoas com mobilidade reduzida; 112 brigadistas receberão treinamento
A Prefeitura de Santo André adquiriu cinco cadeiras de resgate para oferecer mais segurança e tornar mais rápida a descida pela escada de incêndio dos funcionários usuários de cadeiras de rodas ou com mobilidade reduzida.
Os equipamentos serão utilizados, em primeiro lugar, em caso de necessidade de evacuação do prédio de 15 andares do Poder Executivo do município.
As cadeiras, da empresa Cefep, possuem quatro rodas para agilizar a movimentação em superfícies planas, e uma plataforma retrátil.
Ao ser posicionada corretamente por quem irá empurrar a cadeira, substitui o papel das rodas e permite que o dispositivo deslize pelos degraus.
Para o uso correto das cadeiras, será necessário treinar todos os componentes da Brigada de Incêndio da Prefeitura, composta por 112 pessoas, previsto para outubro.
Formação
“Os treinamentos serão realizados por andar para que os brigadistas recebam formação não só para o uso da cadeira de resgate, mas também para atuarem rapidamente e com eficiência em caso de incêndio”, explicou, em resumo, o secretário de Inovação e Administração, Almir Cicote.
No prédio do Poder Executivo no Paço Municipal trabalham 950 pessoas, sendo duas usuárias de cadeiras de rodas, que terão o dispositivo em seus andares.
A administração está estudando em quais andares ficarão as outras três cadeiras. Uma simulação de incêndio envolvendo todos os funcionários também está prevista para este ano.
“A cadeira de resgate poderá ser usada não somente por cadeirantes, mas também por funcionários ou visitantes que tenham mobilidade reduzida, que estejam se recuperando de alguma questão relativa à saúde ou tenham qualquer impedimento para descer a escada de forma rápida”, explicou o secretário da Pessoa com Deficiência, Ivo de Lima.
Inédita
O secretário Ivo de Lima acrescentou que a iniciativa é inédita na Prefeitura e pouco se tem conhecimento de cadeiras de resgate em prédios particulares.
“As cadeiras trazem mais confiança, apoio e segurança a quem trabalha aqui dentro e necessita desse tipo de amparo e socorro na hora certa”, diz, em conclusão.
Para o analista administrativo Anderson Augusto Bogoni, usuário de cadeira de rodas que trabalha no 13º andar, as cadeiras de resgate trazem mais tranquilidade.
“Apesar de parecer uma coisa tão básica, em sete anos que eu trabalho aqui, nunca houve nenhuma iniciativa nesse sentido. Em caso de emergência o elevador não funciona e a cadeira tradicional não é pensada para descer escadas. Por isso, acho que é uma iniciativa muito boa. Dá um pouco de tranquilidade, porque a gente agora sabe que em uma situação de emergência algo poderá ser feito para nos dar mais segurança”, afirmou Bogoni.